Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Próxima novela das seis, ‘Cordel Encantado’ aposta na fantasia e no formato de minissérie

Sem tempo ou locais definidos, trama foge do padrão das produções recentes da emissora. Figurino foi quase todo produzido por encomenda

Por Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
29 mar 2011, 18h39

“”Corden Encantado’ nos remete muito às novelas do Dias Gomes nos anos 70, do Aguinaldo Silva nos anos 80. Tipo Roque Santeiro, Tieta, Saramandaia, O Bem Amado, desses universos totalmente criados. Eu me inspirei totalmente nessas novelas na hora de conceituar o trabalho”, diz Ricardo Waddington

Uma novela com cara de minissérie, que convida o público a sonhar. para que o público seja convidado a sonhar. Essa é a aposta de Cordel Encantado, próxima novela das seis da Rede Globo, com estreia programada para 11 de abril. A começar pelo tempo e no espaço em que se passa a história: tudo é indefinido, um “reino da fantasia”, nas palavras do diretor de núcleo Ricardo Waddington.

“É algo que nós já fizemos, mas que em algum momento foi esquecido, ficou lá atrás. Esta novela traz isso, a quebra com a realidade, a fantasia. Ela nos remete muito às novelas do Dias Gomes nos anos 70, do Aguinaldo Silva nos anos 80. Tipo Roque Santeiro, Tieta, Saramandaia, O Bem Amado, desses universos totalmente criados. Eu me inspirei totalmente nessas novelas na hora de conceituar o trabalho”, diz Waddington.

O diretor diz ainda que a liberdade poética de Cordel não está restrita ao conteúdo, mas também ao formato da novela. “Estamos gravando em 24 quadros, com a mesma qualidade de imagem da série A Cura. É a primeira novela com essa tecnologia. O figurino é todo cheio de interferências modernas, você vai poder ver, por exemplo, uma personagem com os óculos azul. Isso em uma trama que se passa em algum lugar do século 19″, provoca.

De acordo com Waddington, ele e a diretora geral Amora Mautner fizeram questão de que o figurino fosse integralmente criado pela equipe de figurinistas da Globo, não comprado. As poucas peças compradas sofreram grandes intervenções e receberam aplicações. Para tanto, a Globo contratou oito bordadeiras para fazer as peças que compõem as roupas das personagens do reino fictício de Seráfia. A emissora também trouxe 65 malas com acessórios do Vale do Loire, na França, onde foram gravadas as primeiras cenas da novela.

Continua após a publicidade

Durante as gravações na França, malas, armas, prataria, louças, baús e tapetes foram alugados de antiquários locais. A equipe chegou a gravar com a mesma carruagem utilizada no filme ‘Maria Antonieta’ de Sofia Coppola.

A trama – Escrita por Thelma Guedes e Duca Rachid, a fábula – como as autoras gostam de se referir – se passa em dois locais fictícios: o reino fictício de Seráfia e a cidade de Borogodó. Universos distintos que se encontram a partir do romance do casal central formado por Jesuíno (Cauã Reymond), um jovem sertanejo que desconhece ser filho legítimo do cangaceiro mais famoso da região e Açucena (Bianca Bin), a princesa do reino de Seráfia criada no nordeste do Brasil por pelo casal de lavradores Euzébio (Enreique Diaz) e Virtuosa (Ana Cecília Costa).

Apesar do cansaço de estar emendando uma novela na outra, Cauã Reymond (que terminou as gravações de Passione em janeiro) está feliz com seu primeiro papel de protagonista na Globo. “Estou gravando em média umas cinco vezes por semana, mas está sendo uma delícia. É uma novela especial, uma fábula. E eu espero que o público compre a nossa história”, torce.

Bianca Bin, que substituiu Paola Oliveira – esta atualmente no lugar deixado por Ana Paula Arósio em Insensato Coração – afirma que nenhuma atriz está totalmente pronta para ser a substituta de uma novela, mas que aceitou o desafio pela oportunidade de criar uma personagem com a sua própria identidade. “Eu não me sinto uma substituta da Paola, não encaro assim, a Açucena que vai ao ar será criação minha”, justifica a atriz, com personalidade de veterana.

Continua após a publicidade

Além do casal de protagonistas, o elenco conta com nomes de peso como Marcos Caruso, Zezé Polessa, Osmar Prado, Matheus Nachtergale, Thiago Lacerda, Aline Moraes, Bruno Gagliasso, Débora Bloch e Luiz Fernando Guimarães, que volta a fazer uma obra aberta depois de mais de uma década afastado de novelas. José Celso Martinez Correa, fundador do Teatro Oficina, aos 74 anos participa pela primeira vez de uma novela. Ele será Amadeus, o oráculo e grande conselheiro do reino e quem interpreta os sonhos do rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia).

LEIA TAMBÉM:

A estreia de Zé Celso Martinez Corrêa em novelas

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.