PM monta esquema para barrar mascarados no Rock in Rio
Barreira montada pelos policiais ficará a 500 metros das catracas do festival. Em cada dia de shows, 1.000 policiais vão cuidar da área ao redor da Cidade do Rock
O público do Rock in Rio vai ser submetido a dois níveis de revista para ter acesso à área interna do festival. O esquema de segurança da Polícia Militar para o evento, que começa nesta sexta-feira e tem previsão de 85.000 pessoas em cada um dos sete dias de show (13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro), foi apresentado na tarde desta terça. Não será permitida a entrada de mascarados e bolsas e mochilas serão revistadas.
O objetivo, segundo o tenente-coronel Marcus Vinícius Amaral, comandante do 31º BMP (Recreio dos Bandeirantes) é barrar a entrada de produtos perigosos, como pedras, objetos cortantes ou itens que possam ser usados em uma manifestação violenta. “Não podemos ignorar o momento atual (de protestos constantes na cidade), por isso, a necessidade de rigor é maior”, afirmou o oficial. As duas barreiras da PM ficarão a 500 metros das catracas que dão acesso ao festival. Em cada dia, estarão de serviço na região da Cidade do Rock mil policiais, em dois turnos de 500 homens – 200 deles atuarão nas barreiras, montadas nas avenidas Abelardo Bueno e Salvador Allende.
“Cada ponto de verificação terá duas linhas de policiais. Os primeiros PMs devem conferir se a pessoa tem ingresso. Quem estiver sem ingresso terá que voltar. A segunda fileira verificará, com equipamento de raios-X e revista, a existência de materiais perigosos”, explicou Amaral, acrescentando que também serão usados policiais à paisana. “Mascarado não entra. Pessoas com o rosto coberto que insistirem em entrar serão conduzidas aos postos de polícia”.
Dois helicópteros e 70 viaturas auxiliarão o patrulhamento do entorno da Cidade do Rock. “Uma das aeronaves transmitirá imagens, em tempo real, para o centro de controle. O monitoramento permite verificar o fluxo de pessoas e de veículos”, disse o tenente-coronel Marcelo Rocha, chefe do setor de Planejamento e Operações da Polícia Militar.
Na segunda-feira, na apresentação da Cidade do Rock à imprensa, a vice-presidente do festival, Roberta Medina, adiantou que haveria mudança no esquema de segurança, em relação a 2011. De acordo com ela, quem for de mochila ou bolsa ficará em uma fila separada dos demais para a conferência dos seguranças. Isso foi decidido, segundo a vice-presidente, para que pessoas sem nenhum tipo de material para revista perca menos tempo na fila. Bebidas estão proibidas, assim como latas e garrafas de qualquer tipo. É permitida a entrada de comida.
A organização do Rock in Rio está monitorando a possibilidade de haver protestos no entorno da Cidade do Rock nos dias de evento. Entrar com faixas e cartazes será permitido – desde que sem sustentação de madeira ou peças rígidas. “Não somos contra qualquer tipo de manifestação, desde que de forma pacífica. As bandas fazem isso no palco”, disse Roberta.
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Civil – A Polícia Civil também vai reforçar seu efetivo e levará uma delegacia móvel para a Cidade do Rock. Ao todo, 910 agentes trabalharão nos sete dias do festival. Doze postos de atendimento ao público estarão em funcionamento na parte de fora, e três na parte interna. A Delegacia Móvel ficará no Rio Centro, funcionando integrada a cinco contêineres: um da perícia médica e química, outro da perícia de documentos e Setor de Identificação Policial (SIP), o do Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP) – com a estrutura para a identificação de pessoas encaminhadas para averiguação -, o da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e o dos flagrantes.
Todo o trabalho será feito em conjunto com o Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, do Tribunal de Justiça. Haverá também um ônibus de custódia, para o caso de prisões. Também estarão a postos a Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (DFAE), o Esquadrão Antibombas e a Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) – para fiscalizar o trabalho dos agentes. Pela primeira vez, o posto da Polícia Civil na Cidade do Rock estará sincronizado com o sistema de achados e perdidos do festival para agilizar a busca por documentos e/ou pertences extraviados.
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