Berlim, 28 fev (EFE).- O legado de Anne Frank, a menina judia que registrou em seu diário o período em que sua família esteve escondida dos nazistas em Amsterdã, voltará a Frankfurt, cidade onde ela nasceu, anunciaram nesta terça-feira as autoridades locais.
Inúmeras peças da família, entre quadros, fotos, móveis, cartas e objetos de recordações, serão entregues ao Museu Judaico de Frankfurt, onde serão guardados, expostos e colocados à disposição dos especialistas. No entanto, a versão original de seu famoso diário permanecerá em Amsterdã, onde o mesmo foi escrito.
Enquanto a perseguição da família constitui o eixo central da Casa-Museu Anne Frank de Amsterdã, o Museu Judaico de Frankfurt deverá centrar sua exposição na história familiar.
‘O dia de hoje marca o fechamento de um círculo, já que vamos traçar uma linha em comum entre as raízes da família e o futuro’, declarou Buddy Elias, de 86 anos, primo de Anne Frank e presidente da fundação que leva o nome da jovem judia, que morreu em 1945, no campo de concentração de Bergen-Belsen.
Segundo Elias, a Fundação Anne Frank, localizada na cidade suíça de Basileia, preferiu se deslocar para Frankfurt por várias e boas razões, como o fato da cidade alemã possuir as raízes da família Frank.
‘Importantes instituições que se dedicam ao estudo da Alemanha nazista estão aqui’, ressaltou Elias, que acrescentou que a editora Fischer de Frankfurt foi uma das que publicou e divulgou o famoso diário da jovem judia.
Alguns objetos da futura exposição permanente já se encontram na cidade alemã. No entanto, a maior parte dos objetos chegará ao museu somente quando sua reforma for concluída.
Segundo o Secretário Municipal de Cultura de Frankfurt, Felix Semmelroth, a reforma completa do local será concluída somente em 2015, porém, a exposição será aberta muito antes dessa data.
O diretor do Museu Judaico de Frankfurt, Raphael Gross, assinalou que o Centro da Família Frank contará com três espaços: uma exposição permanente, um arquivo e um centro pedagógico e de estudo. EFE
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