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Isabella Rossellini faz o elogio da ‘idade madura’

A atriz de 58 anos, estrela de 'Late Bloomers', de Julie Gavras, e presidente do júri da Berlinale, diz que a contrapartida das rugas é a liberdade

Por Carlos Helí de Almeida, de Berlim
18 fev 2011, 10h47

Bela e bem-humorada aos 58 anos de idade, Isabella Rossellini não tem medo da velhice. “Não quero ser mais jovem do que a idade que tenho. Gosto da idade que tenho. Acho até um pouco grosseiro quando alguém tenta me elogiar dizendo que pareço mais jovem do que sou”, contou a atriz italiana, coprotagonista, com o americano William Hurt, de Late Bloomers, exibido na quinta-feira no Festival de Berlim, dentro do pacote de projeções especiais. Na programação da Berlinale, a filha de Ingrid Bergman e do diretor Roberto Rossellini acumula a função de presidente do júri da disputa pelo Urso de Ouro.

Isabella Rossellini e William Hurt em 'Late Bloomers', de Julie Gavras
Isabella Rossellini e William Hurt em ‘Late Bloomers’, de Julie Gavras (VEJA)

Dirigido pela francesa Julie Gavras, filha de Costa-Gavras (Estado de Sítio, Z), um dos mais respeitados nomes do cinema político contemporâneo, Late Bloomers descreve a crise de um casal de meia idade que se separa pare repensar a vida. “A história tem a estrutura de uma comédia romântica. A diferença é que os meus personagens não têm 25 ou 30 anos, mas estão a ponto de fazer 60”, explicou Julie. Ela é autora de A Culpa é do Fidel (2006), filme que ficou mais de um ano em cartaz nos cinemas brasileiros.

O roteiro desenvolve-se em torno de Mary (Isabella) e Adam (Hurt), casal que dedicou a vida inteira aos filhos, netos e ao trabalho e agora se vêem diante da aposentadoria compulsória. Achando-se vencida pela idade, Mary compra diversos apetrechos de segurança para as escadas e o banheiro do apartamento, para horror de Adam. Este, por seu lado, insiste em não diminuir o ritmo de trabalho e passa a usar roupas mais modernas. “Parte do filme tem a ver com minha experiência pessoal. Anos atrás, meu pai foi homenageado com uma retrospectiva e depois ficou deprimido com a perspectiva de envelhecer. Venho pensando em fazer um filme sobre isso desde então”, explicou Julie.

Ex-musa de diretores como David Lynch, com quem fez Veludo Azul (1986), Isabella vê vantagens na velhice. “É claro que aparecem rugas e ganhamos mais peso com a idade mas, em contrapartida, é na idade madura que desfrutamos de grande liberdade. Isso não é possível quando se é jovem. Quando você se aproxima dos 60 e a maior parte de suas responsabilidades ficou para trás, a gente se vê livre para fazer o que der na cabeça. Até filmes eu já dirigi”, refletiu, lembrando de suas experiências com a extravagante série de curtas Green Porno (sobre o sexo dos insetos) e o documentário ecológico Animals Distract Me.

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