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Em nova investida no cinema, Eduardo Moscovis foge do rótulo de galã

Protagonista de '180º', filme dirigido por Eduardo Vaisman que estreia nesta sexta-feira, o ator falou ao site de VEJA sobre a construção do personagem, o rótulo de galã e o próximo trabalho na TV

Por Rodrigo Levino
16 set 2011, 13h49

‘Se você acha que eu sou galã, ótimo, fico feilz; mas se acha que eu sou um bom ator, bem, é para isso que eu trabalho todos dias: para melhorar o meu ofício’

Aos 43 anos, o ator carioca Eduardo Moscovis faz sua oitava inserção no cinema. Rosto conhecido da teledramaturgia nacional, ele atuou em onze novelas e sete séries de TV. Em 180º, longa do carioca Eduardo Vaisman que estreia nesta sexta-feira, Moscovis interpreta um jornalista às voltas com um triângulo amoroso surgido na redação em que trabalhou por alguns anos antes de se isolar, numa espécie de auto-exílio, em uma fazenda no interior do Rio de Janeiro. Instado a resolver as pendências da relação de anos com a ex-mulher e seu atual amante, Russel, o personagem de Moscovis se torna parte de um enredo intrincado – que só não deverá arrebatar o espectador por culpa das fragilidades do roteiro.

Em entrevista ao site de VEJA, Moscovis falou sobre a construção do personagem, sobre o rótulo de galã que carrega – que diz não o incomodar mas limitar a abordagem do público ao seu trabalho – e sobre a próxima série da qual participará, dirigida por João Falcão, ainda sem data de estreia marcada na Globo.

Recentemente, você declarou que tem trabalhado para “descontruir a imagem de galã”. Por quê? Olha, eu não me incomodo de ser chamado galã, só não acho que devo trabalhar tendo isso como guia. É como achar que humorista só faz humor ou que o cara identificado com papéis sérios só consegue atuar dessa forma. Ser taxado de galã limita a abordagem que o público pode ter do meu trabalho. Mas isso não me incomoda de maneira alguma. Se você acha que eu sou galã, ótimo, fico feilz. Mas, se acha que sou um bom ator, bem, é para isso que trabalho todos dias: para melhorar o meu ofício.

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Como se deu a construção do seu personagem, um jornalista de classe média carioca? Há alguns anos, em uma novela, eu atuei como jornalista. Nessa época, visitei redações, convivi com profissionais da área, observei o trabalho deles. Então, esse contato já havia acontecido. No caso de 180º, como o convívio dos personagens é extra-trabalho e eles falam sobre o assunto eventualmente no bar onde se encontram, eu e o diretor achamos que a posição do Russel estava bem defendida. Então, a construção do personagem se concentrou no drama dos casais, na relação entre eu e e os dois outros vértices do triângulo.

Houve algum referencial recomendado pelo diretor ou pela produção, para a caracterização? Não exatamente. O roteiro foi todo trabalhado pelo diretor com ajuda do elenco. Em reuniões, ensaios e conversas, fomos opinando sobre os excessos e sobre o que podia ser melhorado. Nesses diálogos, surgiram referências ao filme Closer – Perto Demais, de Mike Nichols, sobre um quarteto que se envolve amorosamente e tem dramas mais ou menos parecidos com os vividos em 180º.

180º não se encaixa na leva de lançamentos recentes do cinema nacional, a maioria voltada para a comédia. Onde você encaixaria o filme? 180º é um filme pequeno, independente, um drama bem construído. Tem uma linguagem de filme independente.

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Você ficou satisfeito com o resultado final? Bastante. Havia passado um tempo desde que vi pela última vez. Assim que terminamos, você fica sem o distanciamento necessário para analisar a obra com liberdade. E várias fichas caíram agora, outros pensamentos me ocorreram a respeito das escolhas dos personagens, por exemplo. O que me ocorreu mais fortemente é que esse é um filme sem moralismo, sem julgamentos, onde as escolhas são feitas e postas para o espectador sem condenar nenhum personagem por isso. Eles são críveis e vulneráveis como todos nós.

Depois de 180º, você voltará às telas em uma minissérie da Globo dirigida por João Falcão. Fale um pouco a respeito. A série tem oito capítulos e é um sonho realizado o de trabalhar com o João. Já o havia convidado antes para trabalharmos no teatro e não deu certo. Depois, nos encontramos e a ideia surgiu naturalmente. O seriado se chama Louco por Elas e conta a história de um cara que tem uma ex-mulher, uma enteada e uma filha e mora com a avó. Alguém cercado por mulheres e completamente louco por elas.

Você se identifica com o personagem? (Risos.) Muito. Eu tenho três filhas e fui casado duas vezes. Também vivo cercado por mulheres.

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