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Carolina Dieckmann: identificados suspeitos de roubar fotos

Segundo reportagem da TV Globo, quatro hackers invadiram e-mail da atriz - um deles é menor de idade. Fotos da atriz vazaram no dia 4 de maio

Por Da Redação
13 Maio 2012, 23h44

Reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, exibida neste domingo, mostra que a Polícia Civil do Rio de Janeiro localizou quatro suspeitos de roubar fotos do computador da atriz Carolina Dieckmann e divulgar as imagens na internet, no dia 4 de maio, após uma tentativa de extorsão. De acordo com a reportagem, hackers do interior de Minas Gerais e São Paulo invadiram o e-mail da atriz e pegaram as imagens. A descoberta descarta a suspeita inicial sobre funcionários da loja de assistência técnica do Rio onde Carolina deixou um laptop para consertar, há dois meses.

Investigadores da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio, que abriu inquérito para apurar o caso, usaram programas de contra-espionagem para chegar aos suspeitos. Segundo a polícia, ao clicar em um arquivo com spam, Carolina permitiu a instalação de um programa que fez com que os hackers invadissem seu computador. Uma varredura feita no computador da atriz detectou que foram furtados sessenta arquivos.

O primeiro suspeito encontrado foi Diego Fernando Cruz, de 25 anos, que, segundo a polícia, teria sido o primeiro a divulgar as fotos na internet. Na casa dele, em Macatuba, no interior de São Paulo, a polícia encontrou CDs, softwares e cinco computadores. Os investigadores interceptaram uma troca de mensagens pela internet entre o grupo, em que Diego admite a divulgação das fotos.

Outros três rapazes estão entre os suspeitos. Um deles é menor de idade e teria sido o autor das ligações para chantagear a artista, com o pedido de 10 000 reais para que as fotos não fossem publicadas. O principal suspeito de ter invadido o computador e furtado as fotos da atriz, segundo a polícia, é Leonan Santos, de 20 anos. Ele mora em Córrego Dantas, em Minas Gerais e nega as acusações. Pedro Henrique Mathias seria o dono do site que publicou as fotos. O quarto integrante não teve a identidade revelada pela polícia.

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A polícia chegou ao grupo por causa do rastro deixado pelos próprios hackers nos acessos aos e-mails de Carolina e conseguiu identificar o IP dos computadores. Os hackers demonstravam preocupação com o crime de extorsão, mas, ao descobrir que estavam sendo investigados, ironizaram a possibilidade de serem descobertos. Poucos dias depois, no entanto, a polícia chegou até os suspeitos.

O inquérito que investiga o caso ainda não foi concluído. Os suspeitos, de acordo com a reportagem do Fantástico, serão indiciados, com base no Código Penal, por furto, extorsão qualificada e difamação. Eles serão intimados a prestar depoimento.

Desistência – Na última sexta-feira, o advogado da atriz, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, anunciou ter desistido de entrar com uma ação contra o Google. O motivo foi o envio de uma carta da empresa ao seu escritório de advocacia. O conteúdo era uma explicação técnica acompanhada de algumas observações do Google sobre as fotos de Carolina nua. Kakay considerou que houve uma abertura importante no diálogo com a empresa. Ainda assim, ele afirmou que enviará uma ata, redigida no último domingo, para pedir a retirada de 36 imagens da atriz do sistema de busca. As fotos vazaram no dia 4 de maio.

Na ocasião, o advogado disse que sabe da dificuldade que será retirar todo esse material, replicado em diversos sites. “Não temos a pretensão de que essas fotos não sejam veiculadas. Infelizmente as mídias sociais são isso”, diz Kakay. De acordo com ele, boa parte das fotos foi banida da busca do Google e o acesso reduziu bastante. Mas, para os internautas, ainda é fácil encontrar as fotos da atriz nua.

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“Não estamos sendo intransigentes. O nosso objetivo é, francamente, resolver isso e fomentar a discussão que agora está posta”, afirma Kakay em relação à ampliação do debate para temas como privacidade, internet e responsabilidade. “Não quero discutir o controle da social sob o aspecto da censura, mas pelo viés da responsabilidade e da ética”, afirma.

Para Kakay, os sites que divulgam fotos como as de Carolina nua são criminosos e não poderiam estar isentos de responsabilidade civil e social. Apesar do vazamento das imagens, ele diz que a atriz não está preocupada com danos morais. “O mais importante dessa história talvez tenha sido a dignidade dela, a postura ética que teve. Não é fácil passar por isso. Ela foi corajosa”, diz.

Investigação – A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI), abriu inquérito para investigar o caso. Carolina, o empresário, o assistente e o marido dela prestaram depoimento. O advogado da atriz disse que, antes de ela ter suas fotos íntimas divulgadas na internet, foi chantageada durante um mês por meio de e-mails anônimos. O chantagista pediu 10.000 reais à atriz.

A atriz chegou a tentar estancar o caso com o auxílio de Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Bope e atual comentarista de segurança na Rede Globo. Ele tentou armar uma emboscada para conseguir um flagrante e prender o criminoso. Não deu certo e as fotos caíram na internet.

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