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Alain de Botton faz um tour arquitetônico pelo Rio

Na cidade para lançar seu livro 'Religião para Ateus', o filósofo se encanta por prédios históricos de vários estilos e termina o passeio na mais tradicional confeitaria da cidade

Por Lilian Fontes
25 nov 2011, 18h34

Conhecer uma cidade é passear pelas suas ruas, vendo o seu povo, prédios e praças. Foi com esse espírito que, na manhã ensolarada desta sexta-feira, Alain de Botton, filósofo e escritor suíço, radicado na Inglaterra, fez um passeio pelo Centro da cidade do Rio de Janeiro. De Botton está na cidade para autografar Religião para Ateus (Editora Intrínseca), uma defesa ao reconhecimento de conceitos religiosos como importantes aliados para mudanças culturais na sociedade contemporânea.

Acompanhado pelo historiador e escritor brasileiro Clóvis Bulcão, o passeio teve início na Biblioteca Nacional, na Avenida Rio Branco. Ouvindo com atenção as explicações sobre a construção do edifício, construído no início do século, encantou-se pela beleza do saguão de entrada com sua escadaria e a decoração em vitrais franceses. Ao sair da Biblioteca, seguiram pela Avenida Araújo Porto Alegre onde se deparou com o edifício da Associação Brasileira de Imprensa, construído na década de 30, referência da arquitetura moderna.

Foi um momento de pausa. Alain de Botton, cujo livro A Arquitetura da Felicidade, lançado no Brasil pela Editora Rocco, em 2006, mostra como as formas arquitetônicas podem afastar ou aproximar as pessoas, falou sobre sua paixão pela arquitetura modernista. Mal sabia ele que mais a frente estaria diante do mais completo representante dessa arquitetura: o Palácio Capanema, construído nos anos 1930 para ser a sede do Ministério da Educação.

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Nessa altura, o tempo começando a mudar, soprou uma rajada de vento, deixando-o completamente desprotegido ao caminhar pelo térreo do edifício, construído em pilotis, com um pé-direito monumental de mais de nove metros de altura. Mas nada iria atrapalhar seu encantamento diante dos murais de azulejos decorados por Portinari, utilizando seu telefone celular para guardar as imagens dessa arquitetura. “It’s incredible, it’s beautiful”.

Mas, ao dirigir seu olhar para o entorno, decepcionou-se perguntando por que não deram continuidade ao espírito conseguido ali, naquele espaço. E foram caminhando em direção à Cinelândia, onde a praça e o Theatro Municipal lhe deram mais conforto aos olhos.

Conhecendo seu interesse pela a arquitetura sacra, Clovis Bulcão quis levá-lo a conhecer a Igreja de Santo Antonio, localizada no Largo da Carioca. No caminho, o escritor foi observando os imensos edifícios que circundam a área, uma arquitetura retratando o poder o dinheiro. “Como isso é feio.”, ele disse.

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Ao chegar ao Convento de Santo Antonio, o elevador o levou à Igreja. Forte foi o impacto. Ficou impressionado com as paredes e o teto totalmente revestidos em ouro, com autênticos traços do barroco. Por alguns minutos ficou observando cada detalhe do teto, as pinturas de santos, a imagem de Santo Antonio no altar. E fotos, muitas fotos.

O itinerário terminou na Confeitaria Colombo, uma joia da belle époque carioca. Outra surpresa, desta vez com o espaço grandioso de espelhos, balcões e mesa em madeira jacarandá. O melhor da visita, no entanto, ficou para trás. Já atrasado para o almoço, o filósofo teve que contentar-se em contemplar através das vitrines os salgadinhos e doces que fazem a fama da Colombo desde o século XIX.

Na coluna GPS: ‘Não haverá favelas como o Alemão no Brasil em 15 anos’

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