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Abdelmassih desembarca em São Paulo e é confrontado por vítimas

Mulheres fizeram questão de esperar no aeroporto pelo médico, condenado a 278 anos de prisão. Ele cumprirá pena na penitenciária de Tremembé

Por Mariana Zylberkan
20 ago 2014, 15h50

O médico Roger Abdelmassih desembarcou na tarde desta quarta-feira em São Paulo – e foi recebido aos gritos de “safado” e “vagabundo” por um grupo de vítimas que o esperava no Aeroporto de Congonhas. Ele foi trazido em jato da Polícia Federal de Foz do Iguaçu, no Paraná, após ser capturado no Paraguai. Ele usava um colete à prova de balas. Abdelmassih foi encaminhado à delegacia da Policia Civil de Congonhas para fazer o exame de corpo de delito, imprimir as digitais e fazer o boletim de ocorrência de foragido capturado. Depois, vai com escolta para a Penitenciária de Tremembé, onde cumprirá pena.

Após a passagem do médico, as vítimas se abraçaram e choraram. Uma delas, Vanusia Lopes, se ajoelhou e ergueu as mãos para o céu em sinal de agradecimento. Uma Silvia Franco, outra vítima de Abdelmassih, já havia planejado com as demais o que dizer no momento em que ele passasse pelo isolamento formado em frente à delegacia. “Vamos dizer: olha as suas vítimas aqui”, disse a Helena Leardini, Cristina Silva, Silvia Franco e Ivanilde Serebrenic. Elas fazem parte da associação de vítimas do médico e ajudaram a polícia nas investigações. “Não quisemos fazer escândalo, apenas mostrar que nosso pesadelo acabou”, diz Silvia.

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“A sensação é de dever cumprido. A gente agora só pede que a Justiça seja feita e ele continue preso para que possamos ter uma vida em paz”, disse Ivanilde Cerebranic muito emocionada, abraçada a Vanusia. No dia anterior, ela outras mulheres que formaram uma associação de vítimas se encontraram na casa de Helena para comemorar a prisão. “Comemos pizza e bebemos whisky. Foi uma grande alegria”, disse Silvia, que fez tratamento para engravidar em 1997. Depois de se recuperar da sedação, após a coleta dos óvulos, ela sentiu sangramento no ânus e uma forte dor. “Só fui entender que havia sido violentada recentemente, em 2009, quando apareceram as primeiras denúncias”, diz. Ela gastou 40.000 dólares para fazer o tratamento de fertilidade. “Fui infectada por uma bactéria e passei por três cirurgias na bexiga, meu casamento acabou depois que eu fiquei doente.” Ela conta que faz parte das mulheres que denunciaram Abdelmassih por manipulação genética. A Investigação é da Delegacia da Mulher. “Ele me disse que jogou no ralo os meus embriões que não foram implantados.”

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