Greve de ônibus em Porto Alegre chega ao 8º dia
Com toda a frota nas garagens, vans escolares cobram 4,20 reais para realizar o transporte; um milhão de passageiros são afetados
A paralisação de ônibus em Porto Alegre chega ao 8º dia nesta segunda-feira. Os rodoviários decidiram manter os braços cruzados em assembleia realizada na sexta-feira.
No domingo, 120 vans escolares destinadas a suprir a falta de ônibus começaram a circular. Segundo o Sindicato dos Proprietários de Veículos Escolares (SINTEPA), nesta segunda-feira a capital gaúcha tem à disposição 40% da frota de vans. Mas quem precisa utilizar as vans vai pagar mais caro: o transporte improvisado pelo sistema cobra 4,20 a passagem, valor superior à passagem de ônibus, de 2,80 reais.
A prefeitura prevê a adesão de 80% da frota de vans para minimizar os efeitos da greve, que mantêm 100% dos coletivos fora de circulação. A promessa é que o policiamento seja reforçado nos portões das garagens para evitar violência contra funcionários que decidirem trabalhar, como aconteceu sábado, quando ao menos seis ônibus foram depredados.
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Greve – Mais segurança no trabalho é uma das principais reinvindicações dos grevistas. Motoristas e cobradores sentem-se ameaçados por cumprir alguns itinerários em regiões periféricas da cidade. Na quinta-feira, 21 ônibus foram atacados e depredados na Zona Leste em Porto Alegre. O sindicato reivindica aumento de 14% nos salários.
Prejuízos – Cerca de um milhão de passageiros são afetados diariamente pela paralisação. Segundo a EPTC, empresa responsável pela operação do trânsito na cidade, o prejuízo diário com a greve chega a dois milhões de reais.
(Com Estadão Conteúdo)