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Turismo de aventura cai 50% em rios do interior de SP

Agências suspenderam atividades em diversos trechos pelo baixo nível de água, que faz com que barcos encalhem nas pedras

Por Da Redação
10 nov 2014, 09h46

A estiagem deste ano fez cair em até 50% o número de pessoas que procuram o turismo de aventura em rios e lagos do interior paulista. Passeios de barco e atividades esportivas, como canoagem e rafting, chegaram a ser suspensos por falta de água. A alta temporada, iniciada em setembro, é a mais fraca dos últimos dez anos. A expectativa é de que a volta das chuvas recupere o fluxo de turistas até o fim do verão, em março.

No município de Socorro, as visitas começaram a rarear depois que as águas do Rio do Peixe praticamente sumiram entre as pedras. “Não havia como descer com os barcos sem encalhar e tivemos de interromper a atividade”, explicou Charles Gonçalves, sócio da agência Próximaventura Canoar. No rafting, os botes são impulsionados com os remos para deslizar pelas corredeiras com extensão de 7 quilômetros. Em geral, a descida ocorre com o nível do rio entre 1,40 metro e 1,80 metro, mas a estiagem baixou para 50 centímetros. Sem água, as embarcações enroscam nas pedras. Segundo Gonçalves, o rio já estava abaixo do normal em abril. O trecho operável foi reduzido de 7 quilômetros para 4 quilômetros, mas a situação se agravou.

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“Como a procura pelas atividades aquáticas é grande, tivemos de abrir o jogo com os clientes e o movimento caiu mais de 50% em relação ao normal.” As chuvas dos últimos dias não foram suficientes para recuperar o manancial, mas já deram um ânimo, de acordo com Gonçalves. “É preciso que chova muito mais para que o nível das águas se estabilize e os passeios sejam retomados com segurança.”

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A Canoar, agência de turismo de aventura, suspendeu o rafting no trecho de 5,5 quilômetros do Alto Rio Juquiá, em Juquitiba. Segundo a agente Karla Gonçalves, o rio ficou com tão pouca água que o fundo dos barcos raspava nas pedras. A atividade só não foi interrompida em trecho de 7,5 quilômetros no Baixo Juquiá, onde o rio é mais caudaloso. Ela diz que uma represa que formava um remanso no fim do percurso virou um fio de água.

Em Iporanga, no Vale do Ribeira, a prática do boia cross no Rio Betary, integrante do Parque Estadual Turístico do Alto-Ribeira (Petar), também está restrita. As visitas às cavernas da região estão substituindo as atividade aquáticas. No Parque Carlos Botelho, o boia cross no Rio Taquaral foi mantido, apesar do nível baixo. “Estamos no limite, mas rodando, pois nosso foco não é a aventura e, sim, a contemplação da natureza”, disse Aelson Apolinário, da Muriqui Ecoturismo.

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Os rios da cidade atraem cerca de 500 visitantes por semana, a maioria em busca de banhos, passeios em boias ou apenas para observar as cachoeiras. Com o desaparecimento da água, os turistas minguaram, segundo Souza Júnior. A cachoeira mais visitada, a Roccaporena, estava com um quinto do volume normal. “Houve comprometimento em um trecho de pelo menos 14 quilômetros do rio onde estão concentradas as principais atrações”, afirmou o assessor.

Brotas, considerada a capital do turismo de aventura do Estado, agências e operadoras tentam minimizar os efeitos da seca mas a prefeitura admite queda no número de visitantes. Práticas que dependem de água foram substituídas por arvorismo e tirolesa. O Rio Jacaré-Pepira, um dos mais disputados para rafting, teve o nível reduzido mas não foi preciso interromper as atividades, segundo o departamento de turismo. Com as chuvas dos últimos dias, a procura pelo rafting aumentou, segundo a equipe da agência Território Selvagem. Na quinta-feira, o nível do rio havia subido 30 centímetros e os barcos voltaram para as águas.

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(Com Estadão Conteúdo)

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