Tucanos entregam pedido para investigar Dilma
PSDB acusa presidente de usar pronunciamento na televisão para fazer promoção pessoal e propaganda partidária
O PSDB entregou na tarde desta terça-feira à Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido de investigação da presidente Dilma Rousseff. Os tucanos afirmam que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao usar um tom partidário em um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão no dia 23 de janeiro.
Ao anunciar a redução nas tarifas na conta de luz a presidente fez críticas veladas – e nada discretas – à oposição: ela fez menção “àqueles que estão sempre contra“.
Depois de entregar o documento à PGR, o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP), censurou a posição do presidente. “Não é possível que ela use um pronunciamento público para fazer campanha eleitoral às custas do erário”, afirmou o deputado. Na avaliação do tucano, a presidente quis convencer de que os oposicionistas estão contra o Brasil: “Ela confundiu o governo com a nação”.
Além do tom partidário, três detalhes foram citados por Sampaio como indícios do uso da maquina pública para fins eleitorais. O primeiro é o uso da logomarca do governo nas imagens do pronunciamento, e não do brasão da República, como é de costume em eventos assim. Sampaio também citou a valorização do primeiro nome da presidente, algo que foi feito na campanha de 2010 (o sobrenome apareceu em letras menores e em itálico). Por fim, também foi alvo dos tucanos a cor usada por Dilma para falar: vermelho, cor característica do PT.