TRF adia decisão sobre pedido de liberdade de Dadá
Araponga Idalberto Matias de Araújo é apontado como informante de Carlinhos Cachoeira;pedido de vista paralisou julgamento
O desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, votou nesta terça-feira pela liberdade do araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado como informante do contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele foi preso durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF). A corte começou a julgar um habeas corpus que pedia a liberdade do ex-sargento da Marinha, mas um pedido de vista do desembargador federal Cândido Ribeiro paralisou o julgamento.
Em seu voto, favorável ao araponga Dadá, Tourinho Neto disse que não existe razão para manter o militar da reserva preso. O argumento do magistrado é o de que Dadá não pode mais ter acesso aos dados passados por seu informante, o auxiliar administrativo e chefe da Divisão de Serviços Gerais da Polícia Federal, Anderson Aguiar Drumond. Apontado como espião do bando de Cachoeira, Drumond foi afastado de suas funções assim que a operação Monte Carlo foi deflagrada.
Audiência – De acordo com a polícia, o informante recebia pagamentos mensais do grupo de Cachoeira e vazou dados a Dadá de pelo menos três operações de combate do jogo ilegal entre 2010 e 2011. Anderson Aguiar Drumond também era responsável, conforme a investigação policial, por liberar passaportes para pessoas indicadas pela quadrilha do bicheiro.
A defesa do araponga Dadá, comandada pelo advogado Leonardo Gagno, pedirá uma audiência com o desembargador Cândido Ribeiro para pedir que ele leve seu voto-vista a julgamento na próxima segunda-feira.
Leia também: