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Traição amorosa de Sininho ajudou polícia a prender black blocs

Em depoimento à polícia, jovem afirmou que Sininho "roubou" seu namorado e contou que black blocs impediram que ela consumasse seu plano de atear fogo ao prédio da Câmara dos Vereadores do Rio

Por Da Redação
24 jul 2014, 19h59

Uma traição amorosa envolvendo Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, ajudou a polícia do Rio de Janeiro a identificar os black blocs que organizaram atos violentos no Rio de Janeiro. Sininho e mais 22 ativistas que tiveram ordem de prisão preventiva decretada na última sexta-feira obtiveram o direito de responder em liberdade ao processo por associação criminosa armada. A líder dos black blocs e os ativistas Camila Jourdan e Igor D’Icarahy deixaram a prisão nesta quinta-feira – 18 estavam foragidos e outros dois continuam presos pela morte do cinegrafista Santiago Andrade.

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Sininho é acusada em depoimento de ter “roubado” o companheiro da ativista Anne Josephine Louise Marie Rosencrantz. Em represália, a traída relatou à polícia as articulações e os atos praticados pelos vândalos mascarados, como a tentativa de incendiar a Câmara de Vereadores do Rio.

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O depoimento da estudante Anne Josephine, de 21 anos, foi prestado à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática no dia 11 de junho deste ano, na condição de testemunha. Ela contou manter relacionamento antigo com Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, de 25, com quem tem um filho de dois anos. Ele foi um dos 23 black blocs beneficiados pelo habeas corpus.

No ano passado, Game Over começou a namorar Sininho. Quando ela foi presa em flagrante, em outubro do ano passado, acusada de depredações, o rapaz foi fotografado abraçando-a. Sininho, chorosa, estava em um ônibus cheio de detidos. Colocou a cabeça e os braços para fora, agarrando-se ao então namorado. Ele, do lado de fora, parecia tentar consolá-la.

A divulgação da imagem incomodou Anne Josephine, que contou ter ouvido de Sininho a confirmação do romance com Game Over. “Sininho diz que ela e Game Over tinham um romance revolucionário”, declarou a depoente.

O antagonismo entre Sininho e Anne Josephine acirrou-se no decorrer das manifestações. A estudante contou no depoimento que a rival costumava criticá-la. “Quando começou a frequentar os protestos, Sininho disse que a declarante deveria respeitar a hierarquia do movimento, que teria que conquistar seu espaço e não aproveitar de ser esposa de Game Over”, informa a transcrição do depoimento anexado ao volume três do inquérito policial.

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Anne Josephine contou à polícia que parte dos manifestantes, entre eles Game Over, impediu que Sininho consumasse o plano de atear fogo ao prédio da Câmara, na Cinelândia (centro do Rio), na noite de 7 de outubro passado.

“Na época em que começaram os atos violentos nos protestos, a declarante viu Sininho mandando manifestantes buscar três galões de gasolina. (…) Viu Sininho subindo a escada da Câmara e alguns manifestantes atrás dela carregando os três galões, de aproximadamente dez litros de gasolina. Alguns manifestantes comentaram que a atitude de Sininho poderia fazer com que eles fossem presos, que isso não havia sido combinado pelos manifestantes.”

A depoente disse à polícia que “os galões de gasolina seriam utilizados para incendiar a Câmara” e que “Game Over e outros manifestantes ficaram contra Sininho e mandaram retirar os galões.” Ao final do depoimento, Anne Josephine detalha as funções e o comportamento dos manifestantes apontados pela Polícia Civil como líderes da organização. Afirma ainda ter presenciado o consumo de drogas, como cocaína, por membros do grupo.

(Com Estadão Conteúdo)

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