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Tragédia em Mariana: Samarco será multada em R$ 250 mi

Presidente Dilma Rousseff sobrevoou nesta quinta a região. E afirmou que multa aplicada pelo Ibama é 'preliminar'. Subprocuradora fala em 'omissão e negligência' da mineradora

Por Da Redação
12 nov 2015, 15h28

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira que a mineradora Samarco, responsável pela barragem que se rompeu em Mariana (MG), destruindo o distrito de Bento Rodrigues e matando ao menos oito pessoas, será punida com uma multa “preliminar” de 250 milhões de reais. Dilma sobrevoou nesta tarde a cidade – uma semana depois da maior tragédia ambiental da história de Minas – e falou a jornalistas em Governador Valadares. Ela também sobrevoa Colatina (ES), que deve ser atingida nos próximos dias pela lama vinda pelo Rio Doce.

Dilma afirmou que a Samarco deve ser responsabilizada pela falta de atendimento à população e responder pela reconstrução da região afetada. Segundo ela, poderá haver mais multas além da que será inicialmente aplicada pelo Ibama, de 250 milhões de reais. “Além disso, tem as indenizações, tanto à União quanto aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e às comunidades”, afirmou. “Estamos empenhados em responsabilizar quem tem de ser responsável: a Samarco, uma empresa grande, que tem como sócias a Vale e a BHP”, completou a presidente.

Procuradoria – A subprocuradora-geral da República, Sandra Cureau, criticou duramente a postura das mineradoras Vale e BHP, donas da Samarco, por conta da postura das empresas em relação ao desastre ocorrido com o rompimento das barragens de rejeito em Mariana. Sandra também condenou a postura do governo federal em relação a uma das maiores tragédias ligadas à mineração na história do país. “A atividade mineradora tem uma série de procedimentos usados para prevenir e mitigar desastres. Nesse caso, vê-se que a Vale e BHP foram totalmente displicentes, não se mostraram preparadas para o caso de desastre, não tinham nenhum sistema de alarme”, comentou Sandra Cureau.

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O governo federal, segundo a subprocuradora-geral da República, não demonstrou a atenção e sensibilidade que o caso exige.”Houve, como geralmente ocorre, um desinteresse quase total com relação às vítimas desse desastre. As famílias e as vítimas não foram auxiliadas, não estão sendo nem recebidas. Tem pessoas mortas, crianças mortas, e parece que nada anda acontecendo”, afirmou Sandra, durante a abertura de um seminário sobre mineração e meio ambiente, que acontece na Procuradoria-Geral da República (PGR) em Brasília. “Os ministérios ligados à área e a Presidência da República não estão demonstrando o necessário interesse.”

Para a subprocuradora, houve negligência e omissão. “Não havia sistema de alarme, não havia nenhum sistema de atuação imediata no sentido de tentar conter que aqueles resíduos se propagassem com aquela velocidade e atingissem como atingiram as pequenas cidades, os moradores. Isso tudo configura omissão e negligência.”

(Da redação com Estadão Conteúdo)

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