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SP quer recursos para equipamentos de ginástica, diz Cardozo

Ministro da Justiça qualifica como mera "lista de compras" pedido de verbas do governo Alckmin para reforçar o aparato de segurança do estado

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2012, 22h04

Depois de o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, ter afirmado que o governo federal virou as costas para o estado na guerra contra a criminalidade, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo questionou nesta quarta-feira as prioridades do tucano Geraldo Alckmin e disse que não cabe a Brasília despejar recursos indiscriminadamente no caixa dos executivos estaduais. Em entrevista ao site de VEJA, Cardozo disse que estados governados pelo PSDB, como Alagoas, apresentaram diagnósticos detalhados de seus problemas e, após parcerias com o governo federal, conseguiram controlar a taxa de homicídios. No caso de São Paulo, afirma o ministro, não houve pedido para que fossem feitos projetos específicos de combate ao crime organizado, e sim a mera entrega de uma lista de compras no valor de 150 milhões de reais. “Não estou propondo para São Paulo eu ser um repassador”, disse ele. “Não sou casa da Moeda para imprimir dinheiro, especialmente para quem tem. Eles pedem que a gente compre blindados, equipamento de ginástica. Vamos e venhamos, 150 milhões de reais para o estado de São Paulo, com o orçamento que tem, é nada. O governo vai destinar recursos para ocupar equipamento de ginástica para São Paulo? Qual é a lógica disso?” Segundo o chefe do Ministério da Justiça, ao contrário de outros estados que têm firmado parcerias anti-violência – ele cita a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro – São Paulo, depois de afirmar ser “autossuficiente” em presídios, também rejeitou em junho as conclusões de um relatório do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência) que detalhava as atividades do crime organizado na região. “O tempo inteiro, o que São Paulo sempre nos pede são recursos financeiros. Temos o entendimento de que o recurso financeiro é liberado em cima de projetos pactuados, especialmente quando temos estados que têm recursos próprios para a área de segurança pública”, argumenta Cardozo. Por pelo menos quatro vezes, desde o início do governo, ele diz ter ofertado pessoalmente ajuda do governo federal para conter a violência em São Paulo e afirma ter havido outros acenos para a gestão Alckmin, inclusive do Departamento Penitenciário Nacional. “Quando estamos em situação de crise, a melhor coisa é a humildade, é a não arrogância e não prepotência. Não é nenhuma situação de demérito para o homem público, em situações de crise, pedir apoio, pedir auxílio”, afirma. Em um recado a Antônio Ferreira Pinto, que, segundo ele, foi explícito na reunião de junho sobre a desnecessidade de parcerias específicas, o ministro da Justiça resume: “Ninguém resolve sozinho a questão de segurança. Ninguém é autossuficiente em segurança pública no Brasil. Nenhum estado brasileiro está dentro dos padrões desejáveis de controle da violência”.

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