A revelação das tabelas da Odebrecht com pagamentos a partidos e políticos identificados com codinomes jogou luz sobre “Proximus”, personagem até então sombrio que teria recebido 2 milhões de reais em propina sobre as obras da Linha 4 do metrô no Rio de Janeiro, segundo planilhas apreendidas pela Polícia Federal sob os cuidados de Maria Lúcia Tavares, a secretária-delatora da empreiteira. De acordo com as tabelas do executivo Benedicto Junior, “Proximus” é a identidade secreta do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), suposto destinatário do dinheiro entregue a uma mulher chamada Olivia Vieira em um prédio comercial da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Cabral teria solicitado 2,5 milhões de reais à empreiteira em outubro de 2014, na semana anterior ao segundo turno das eleições de 2014, e recebido 2 milhões de reais nos quinze dias seguintes por meio da conta “carioquinha”, operada por Álvaro Novis. (João Pedroso de Campos, de Brasília)