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Ônibus incendiados: a nova modalidade de vandalismo em São Paulo

Capital paulista vive uma lamentável rotina: vândalos queimaram 32 coletivos na periferia da cidade desde o começo do ano; governo diz que ainda não é possível apontar se os atos partiram do crime organizado

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jan 2014, 16h19

Além dos mascarados que usam protestos para promover depredações, a cidade de São Paulo agora tem registrado uma nova – e lamentável – modalidade de vandalismo: diariamente um ônibus é incendiado na periferia da capital. Nesta quarta-feira, um coletivo foi incendiado na Estrada do M’Boi Mirim, na Zona Sul. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), foi o 32º desde o início do ano na capital paulista.

Acionado, o Corpo de Bombeiros controlou as chamas, mas o veículo foi destruído – menos um para atender uma cidade cujo transporte público é deficitário. Dois homens e três adolescentes foram detidos pela Polícia Militar acusados de participar da ação.

Na tarde dessa terça, outros dois ônibus foram incendiados na mesma região. Oito pessoas foram detidas. Diante do risco, algumas empresas retiraram linhas de circulação. Segundo o diretor de operações da SPTrans, Almir Chiarato, as empresas exigem escolta policial para retomar as linhas no extremo sul da cidade.

O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que as concessionárias de ônibus reclamam da falta de segurança. “O problema é colocar os passageiros e o equipamento em risco, forçando a entrada onde há a ameaça real de vandalismo. Hoje, temos um ônibus queimado por dia e, obviamente, a preocupação é enorme em relação à segurança das pessoas. É um problema que extrapola a capital.”

Causas O secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella, afirmou que ainda não é possível identificar a motivação do vandalismo. Ele se reunirá na tarde desta quarta com a cúpula das polícias Militar e Civil para traçar um plano de ação. “Não temos clareza se é crime organizado ou se são movimentos sociais. Isso porque elas acontecem pelas motivações mais distintas possíveis: a morte de uma pessoa, enchente ou por outros problemas”, disse. “De fato, não é uma situação normal. Mas já fortalecemos as investigações e temos buscado informações nas comunidades para fazer ações preventivas.”

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De fato, as circunstâncias são difusas – ainda que nenhuma delas justifique a destruição do patrimônio público ou privado. Na semana passada, o protesto que terminou com um ônibus incendiado na mesma região começou pela falta de água. Em outubro do ano passado, após a morte de um adolescente por um policial militar, a Rodovia Fernão Dias, via que liga São Paulo a Belo Horizonte, foi completamente bloqueada. O ato não só degenerou em vandalismo como serviu para a ação de bandidos: lojas foram saqueadas e caminhões – inclusive de combustível – foram tomados e conduzidos perigosamente pelos baderneiros na contramão da pista. Noventa pessoas foram detidas.

(Com Estadão Conteúdo)

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