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Greves de ônibus castigam população em São Luís e Salvador

Na capital maranhense, 740.000 pessoas estão sem transporte público. Na Bahia, 1,5 milhão de pessoas afetadas e coletivos não circulam

Por Da Redação
27 Maio 2014, 09h25

Greves deixam a população de São Luís, no Maranhão, e Salvador, na Bahia, sem ônibus nesta terça-feira. Na capital maranhense, a circulação dos coletivos está comprometida desde quinta-feira, quando os rodoviários do município decretaram greve. Somente nesta terça, contudo, 100% da frota foi paralisada. Já na capital baiana, houve um acordo entre sindicato e empresários do setor na noite de segunda, mas motoristas optaram pela paralisação por não concordarem com os termos da proposta. Alguns rodoviários não aceitaram a validade da assembleia comandada pelo sindicato. Eles alegam que a proposta do patronato foi apreciada por um grupo de 40 motoristas e cobradores vinculados ao sindicato. A paralisação atrapalha o cotidiano de cerca de 1,5 milhão de pessoas. Embora o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) tenha determinado que ao menos 70% dos ônibus circulem em Salvador, sob pena de pagamento de multa diária de 100.000 reais, as garagens permanecem fechadas. Os pontos estão cheios e veículos clandestinos fazem o transporte da população.

O sindicato dos motoristas e cobradores já foi multado em 96.000 reais por descumprir a decisão do TRT. Os rodoviários pedem 16% de aumento salarial; reajuste do vale-alimentação; inclusão de um dependente no plano de saúde e implantação do plano odontológico. Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram deslocados para a porta de algumas empresas para evitar conflitos entre os grupos que impedem a saída dos ônibus e os que querem trabalhar. São Luís conta com 1.107 veículos para realizar o transporte coletivo. O prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM) afirmou, por meio de nota, que acreditava no acordo entre os sindicatos dos empresários e dos rodoviários e que a decisão tomada em assembleia é consequência das negociações entre as partes, segundo informações do jornal A Tarde.

Em São Luís a categoria, que conta com 4.500 integrantes, alega que não houve avanço nas negociações entre trabalhadores e patrões e por isso decidiu cruzar definitivamente os braços para pressionar os empresários do setor a apresentarem uma proposta de reajuste salarial. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado do Maranhão. Os ônibus foram recolhidos às garagens das empresas e os rodoviários, orientados pelo sindicato, não compareceram ao trabalho nesta manhã. Cerca de 740.000 pessoas ficarão sem transporte público em São Luís e região metropolitana.

Ilegalidade – Em julgamento na noite desta segunda-feira, o TRT de São Paulo (TRT-SP) considerou abusiva e ilegal a greve dos motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista realizada na terça e quarta-feira da semana passada. Por cinco votos a dois, a Corte decidiu aplicar uma multa de 200.000 reais ao Sindmotoristas, que representa os trabalhadores, e o SP Urbanuss, representante das empresas de ônibus.

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O TRT considerou a paralisação abusiva por não ter sido aprovada em assembleia e não ter havido comunicação prévia, com ao menos 72 horas de antecedência. Na decisão, o Tribunal também considerou que o serviço paralisado é essencial para a população, o que reforça a abusividade da greve. O sindicato afirmou que irá recorrer da decisão.

Já em Pernambuco, a Justiça condenou a Associação Pernambucana de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS-PE) e a Associação dos Praças de Pernambuco (Aspra-PE) ao pagamento de 1,1 milhão de reais gastos com a vinda da Força Nacional para o Estado, por causa da greve da categoria decretada entre os dias 13 e 15 deste mês. A Justiça federal acatou na segunda-feira liminar impetrada pela Advocacia Geral da União (AGU), que solicitou que os responsáveis pelo movimento grevista dos praças, policiais e bombeiros militares que atingiu Pernambuco pagassem os custos do emprego da Força Nacional, solicitada pelo governo do Estado. Entre os gastos estão alimentação, combustível, deslocamento de tropas e manutenção de viaturas. A Força Nacional só devem deixar Pernambuco no dia 29.

(Com Estadão Conteúdo)

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