Rollemberg (PSB) e Frejat (PR) vão para o segundo turno no Distrito Federal
Com a virada de Frejat na reta final da campanha, o candidato à reeleição Agnelo Queiroz (PT) acabou fora da disputa
Rodrigo Rollemberg (PSB) vai disputar o governo do Distrito Federal com Jofran Frejat (PR) no próximo dia 26. Com 94% dos votos apurados, Rollemberg tem 653.747 votos, o equivalente a 45,48% dos votos válidos. Frejat segue em segundo, com 398.308 votos, ou 27,71%. O candidato à reeleição Agnelo Queiroz (PT) teve apenas 20,05% e está fora do segundo turno.
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O senador Rollemberg, de 55 anos, liderou as pesquisas desde que o ex-governador José Roberto Arruda (PR) renunciou à candidatura, barrado pela Lei da Ficha Limpa. O ex-deputado federal Frejat, 77 anos, que substituiu Arruda, ultrapassou o atual governador na reta final da campanha.
A ausência de Agnelo no segundo turno, com altíssima taxa de rejeição, simboliza uma vergonhosa derrota do PT. Alvejado por denúncias de corrupção, o petista entra para a estatística dos raros casos em que um candidato à reeleição não consegue votos suficientes para disputar o segundo turno.
Ao votar, na manhã deste domingo, numa escola na Asa Sul, em Brasília, o governador petista disse que foi “perseguido desde o primeiro dia de governo”. Mesmo com uma robusta máquina partidária, com o maior tempo de propaganda na televisão e no rádio e com mais dinheiro para fazer campanha, Agnelo ficou atrás até de Frejat, um candidato que entrou na disputa só em meados de setembro.
Após o resultado da votação, o comitê de campanha de Rollemberg foi tomado por militantes e virou palco de festa, com direito a fogos de artifício e show de uma banda local de rock. Rollemberg fez um discurso acalorado e prometeu muito trabalho até o segundo turno. “Nestas três semanas não tem dia, não tem noite e não tem madrugada. Tem apenas o desejo de servir o DF e construir dias melhores”, afirmou.
O candidato socialista evitou falar sobre alianças, embora representantes de partidos nanicos já tenham o procurado antes mesmo das eleições. “O candidato Agnelo tinha apoio de mais quinze partidos e não foi sequer para o segundo turno. Isso é uma demonstração clara de que a população não se sente representada pelos partidos. Nós vamos dialogar diretamente com a população”, disse.