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Rio tem três mortos pelas chuvas

Moradores da capital e cidades da Baixada Fluminense agora lutam para recuperar estragos e remover o lixo das ruas. Previsão é de chuvas leves

Por Da Redação
12 dez 2013, 11h15
Chuva causa alagamento na manhã desta quarta-feira (11), no centro de Nova Iguaçu, RJ
Chuva causa alagamento na manhã desta quarta-feira (11), no centro de Nova Iguaçu, RJ (VEJA)

A prefeitura do município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, confirmou na manhã desta quinta-feira a morte do pedreiro Martinho da Silva, de 50 anos. Ele desapareceu na madrugada da quarta-feira, no bairro Rodilândia, quando foi arrastado pela correnteza de um rio. A contagem oficial passa a ser de três óbitos com as chuvas que atingiram o estado do Rio desde a noite de terça-feira. A Baixada Fluminense, onde fica o município, foi a região mais atingida pelo temporal.

O corpo do pedreiro foi encontrado no município de Belford Roxo, no Rio Botas, e reconhecido pela família. Na mesma cidade, foi encontrado o corpo de Neilson Viana Ribeiro, de 18 anos, que caiu num rio do bairro de Recantus. Em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, o corpo de Reinaldo de Souza, de 26 anos, foi resgatado de dentro de um carro, que caiu de uma ponte na RJ-230. A estrutura não resistiu à força da água. Continua desaparecido o adolescente João Pedro Jacominho, de 15 anos.

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Devido às chuvas intensas que atingem o Rio de Janeiro desde a semana passada, oito cidades estão em alerta máximo para risco de alagamentos na manhã desta quinta-feira. A medição do Sistema de Alerta de Cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) indica que a água já atingiu pelo menos 80% do nível de transbordamento nos rios que cortam essas cidades. Em Belford Roxo, Duque de Caxias, Laje do Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira, Italva, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana as águas atingiram níveis preocupantes nesta semana.

https://youtube.com/watch?v=0qMvXQ1ZoKU%3Frel%3D0

Rua 28 de Setembro, em Vila Isabel

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Moradores registraram o alagamento na 28 de Setembro, principal rua de Vila Isabel, que liga o bairro à Tijuca e ao Centro.

https://youtube.com/watch?v=Wn_p8w4SVR4%3Frel%3D0

Ruas alagadas na Zona Norte do Rio

As primeiras horas da chuva, na noite de terça-feira, na Zona Norte do Rio.

https://youtube.com/watch?v=3HTRs1TTIEo%3Frel%3D0

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Alagamento em Guadalupe

Ruas de Guadalupe alagadas no início da manhã desta quarta-feira.

https://youtube.com/watch?v=fYBfAqq6Wzw%3Frel%3D0

Chuva na Zona Norte do Rio

Moradores de Guadalupe tentam voltar para casa em segurança, na manhã desta quarta-feira.

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https://youtube.com/watch?v=w_HXhqScRMI%3Frel%3D0

Alagamento em Mesquita, na Baixada Fluminense

A chuva alagou ruas de Mesquita, na Baixada Fluminense, no início da madrugada.

https://youtube.com/watch?v=bh0Mw8lTIvk%3Frel%3D0

Alagamentos na Pavuna

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Ruas da Pavuna alagadas na manhã desta quarta-feira.

https://youtube.com/watch?v=Wu0t1iwdN5U%3Frel%3D0

Em Olaria, moradores ficaram ilhados

No bairro de Olaria, na Zona Norte, ruas foram transformadas em rios pelos alagamentos.

https://youtube.com/watch?v=59Ct-ZRFMMU%3Frel%3D0

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Transbordamento do Rio Botas, em Nova Iguaçu

Morador registra o transbordamento do Rio Botas, em Nova Iguaçu.

https://youtube.com/watch?v=8BnKpTOC_dw%3Frel%3D0

Ruas alagadas na Zona Norte

Morador da Zona Norte registra alagamentos no início da manhã.

https://youtube.com/watch?v=LAR1TMUhV-c%3Frel%3D0

Alagamento no Jardim América

Morador do Jardim América, na Zona Norte, têm dificuldade para sair de casa na manhã desta quarta-feira.

https://youtube.com/watch?v=d6WpWYXVXOM%3Frel%3D0

Ruas alagadas no Jacarezinho

Alagamentos no Jacarezinho, na Zona Norte.

https://youtube.com/watch?v=qcgx1woQuxg%3Frel%3D0

Caminhão é saqueado em Irajá

Moradores de Irajá flagraram o momento em que um caminhão é saqueado na Avenida Brasil.

Com o deslocamento da frente fria que estava no Rio de Janeiro para o Espírito Santo, a tendência é de diminuição das chuvas nas cidades fluminenses ao longo do dia, segundo o Climatempo. Nas regiões Norte e Serrana do Rio, no entanto, há possibilidade de chuva moderada ao longo da tarde. “É preciso que essas regiões continuem em alerta porque, como já choveu muito por lá, qualquer chuva é prejudicial”, diz a meteorologista Aline Tochio.

Na capital e Grande Rio, a tendência é de chuva fraca em alguns pontos ao longo da tarde desta quinta-feira. Segundo Aline, não há previsão de chuva no Rio de Janeiro sexta e sábado. No interior do Estado pode voltar a chover no próximo domingo. A frente fria deve ficar estacionada, nos próximos dias, no Espírito Santo e na Bahia, informa o Climatempo.

Na capital, não há mais pontos de alagamento bloqueando vias públicas. No entanto, ainda há muito lixo e lama acumulados nas ruas. Moradores que tiveram suas casas invadidas pela água tentam limpar a sujeira e contabilizar os prejuízos. Jéssica Coelho, de 21 anos, desempregada, mora com as duas filhas, de 6 e 2 anos, em um barraco à beira de um rio no Morro do Chaves, em Barros Filho (Zona Norte). Ela contou que a água começou a invadir sua casa no início da madrugada de quarta-feira. “A água passou da minha cintura, perdi cama, sofá, guarda-roupa, geladeira, TV e mantimentos. A maioria das coisas minha mãe consegue no lixão, porque trabalha com reciclagem, mas o guarda-roupa, que eu ainda estou pagando, já perdi. Agora, não sei como vou fazer para criar minhas filhas. Quero sair daqui, mas não tenho para onde ir. Já é a terceira enchente em que perco tudo”, lamentou.

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A aposentada Eliana Maria da Conceição, de 70 anos, disse que só conseguiu salvar a TV e a geladeira porque contou com a ajuda de vizinhos que carregaram os equipamentos para casas de conhecidos na parte alta do morro. “Estamos dormindo em uma tábua, porque o colchão está todo molhado”, afirmou Eliana, que mora em um barraco de apenas dois cômodos com a filha e três netos.

Garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) ainda trabalham na limpeza das ruas e caminhões retiram entulho das calçadas. Balanço divulgado na manhã desta quinta-feira, pela prefeitura informa que 70 toneladas de lixo foram recolhidas pela Comlurb nos bairros da zona norte. Cerca de 2.000 profissionais da companhia de limpeza, das secretarias de Obras e Desenvolvimento social, da Defensa Civil e da Subprefeitura da Zona Norte trabalham na recuperação das áreas atingidas. Segundo a prefeitura, mais de 5.000 agentes comunitários estão envolvidos na força-tarefa. Cem máquinas são usadas para limpeza, desobstrução de galerias e bueiros, desassoreamento e restabelecimento de pontos de iluminação.

(Com Estadão Conteúdo)

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