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Relator pede cassação de Demóstenes Torres

Por Da Redação
25 jun 2012, 22h11

Por Ricardo Brito e Eugênia Lopes

Brasília, 25 – O senador Humberto Costa (PT-PE) pediu há pouco, em sessão no Conselho de Ética, a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Num relatório de 79 páginas, o relator do processo disse que há provas “robustas” e manifestas” do envolvimento de Demóstenes com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Costa disse que há várias provas de que o senador usou o seu mandato para “influenciar as diversas esferas do poder em favor dos negócios do contraventor”. O relator lembra que, desde o início do primeiro mandato do parlamentar, em 2003, ele já se mostrava interessado na legalização dos jogos de azar, área de interesse direto de Cachoeira.

No parecer, o relator disse que o contraventor é um “verdadeiro anjo-da-guarda do senador”. Segundo Costa, Cachoeira estava sempre trabalhando para proporcionar “comodidade”, “conforto” e “bem-estar” ao parlamentar: deu um rádio Nextel para o parlamentar falar, com a conta paga, comprou presentes no valor de R$ 170 mil, entre eles uma mesa de jantar (US$ 18 mil), um aparelhagem de som (US$ 27 mil), cinco garrafas de vinho (US$ 15 mil) e um fogão e geladeira por ocasião do casamento do senador (US$ 25 mil).

Costa considerou ser “inacreditável” que Demóstenes não soubesse que o Cachoeira era contraventor. Pelas contas do relator, o senador e o contraventor encontraram-se 40 vezes e se falaram pelo telefone Nextel 97 vezes.

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No texto, o relator citou o fato de o senador ter trocado 416 telefonemas em 316 dias com Cachoeira e integrantes do grupo do contraventor. Em outras 315 situações, seu nome foi citado por terceiros. “Acredito que a todos nós ocorreu o mesmo que se passou com o senador Randolfe Rodrigues: a constatação de que nem mesmo com as nossas famílias falamos tanto!”.

Costa lembrou que, desde o primeiro dia da posse de Demóstenes, o parlamentar notabilizou-se por “cobrar a boa conduta de seus pares e de autoridades públicas”. Mas, ressaltando que não fazia essa referência “por sarcasmo”, disse que o Senado é soberano e não pode deixar que ele fique “maculado pelo descuido de membros à missão confiada”.

“Ante todo o exposto, afirmo, sem tergiversar, que o senador Demóstenes Torres teve um comportamento incompatível com o decoro parlamentar: percebeu vantagens indevidas; praticou irregularidades graves no desempenho do mandato”, afirmou Costa no texto. Após a leitura, os parlamentares vão discutir e votar o parecer.

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