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Reedição da Marcha da Família quer mobilizar conservadores em SP

Protesto organizado pelas nas redes sociais celebra manifestação que precedeu o golpe militar de 1964 e pede o fim da "influência comunista no país"

Por Da Redação
22 mar 2014, 10h52

Com slogans como “pela reconstrução da ordem nacional”, “em solidariedade ao povo da Venezuela”, “fora Dilma” e “contra a ditadura branca do PT”, é organizada nas redes sociais a reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, programada para este sábado na Praça da República, em São Paulo.

A mobilização é uma comemoração aos 50 anos da série de manifestações públicas organizadas entre 19 de março e 8 de junho de 1964 – primeiro em oposição ao governo João Goulart, depois em apoio ao golpe militar que o depôs.

O aniversário da primeira manifestação deveria ter sido comemorada na última quarta-feira, mas, segundo o organizador, o grupo preferiu se reunir no sábado para não atrapalhar o trânsito.

Um manifesto publicado em blog criado especialmente para o evento é assinado por 17 entidades que, segundo o organizador, o fotógrafo Bruno Toscano Franco, de 40 anos, são formadas por “brasileiros democráticos, legalistas e constitucionais que estão cansados de pagar impostos e vê-los gasto em metrô na Venezuela e para revitalizar a rede hoteleira em Cuba”.

“Nosso movimento é contra a corrupção”, diz Franco. Mas o fotógrafo também acredita que, 50 anos depois do golpe de 64, os militares deveriam ser chamados novamente a desempenhar um papel na arena política brasileira. “Defendemos a intervenção militar para que haja uma transição de governo”, diz ele. As eleições marcadas para este ano não bastam para Franco. “Não temos confiança nas urnas eletrônicas.”

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A marcha inspirou memes nas redes sociais. Em tom de brincadeira, foram convocadas a Marcha pela Família Adams, pela Família Mussarela e pela Família Caymmi. Outras páginas na internet acusam Franco de homofobia e de ser adepto do nazismo. “É um absurdo. Trabalhei como comissário de bordo e sempre respeitei meus colegas de trabalho gays. Sou descendente de judeus, nunca poderia defender o nazismo”, diz ele.

O fotógrafo se inquieta com o fato que as críticas na rede influenciam negativamente a opinião dos seus 5.000 seguidores no Facebook e tem feito alguns conterrâneos lhe virar as costas. “Sou de uma família influente em Belém do Pará, não posso ser difamado dessa forma.”

Para garantir distância dos black blocs, e evitar atos de vandalismo, Franco afirma que a marcha será seguida pela tropa de choque da Polícia Militar. Ventilam nas redes sociais informações de que um protesto antifascista é organizado para o mesmo dia na cidade.

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