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Rede recusa cargos no PSB e mantém criação de partido

Em encontro, aliados de Marina decidem que nenhum deles vai integrar executivas da sigla do pré-candidato à Presidência Eduardo Campos

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 14h26 - Publicado em 13 out 2013, 21h29

Em reunião comandada pela ex-senadora Marina Silva, a Executiva Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade decidiu neste domingo, que nenhum dos filiados participará das instâncias partidárias do PSB. Num encontro que durou todo o dia, os aliados de Marina anunciaram que consolidarão a criação do partido e que a decisão de não integrar os diretórios estaduais ou da Executiva do PSB ajuda a “manter a identidade da Rede”, deixando claro que se trata apenas de uma coligação “programática”.

“Foi um gesto generoso do PSB (de oferecer espaço nas instâncias decisórias da legenda), mas a nossa decisão é importante para caracterizar a coligação”, justificou Bazileu Margarido, da Executiva da Rede. Com a decisão, os seguidores de Marina criaram uma “comissão de interlocução” com o PSB, sob a liderança da ex-senadora, que ficará responsável por apresentar à sigla do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, as propostas para o plano de governo e as deliberações sobre as alianças regionais.

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Também ficou decidido que não haverá mais filiações de seguidores de Marina à agremiação de Campos. “Esse processo de filiação (ao PSB) está encerrado”, informou o dirigente da Rede. No encontro, que teve videoconferência com a militância nos Estados, houve aprovação “por aclamação” da aliança com o PSB. Eles admitem, no entanto, que o processo de convencimento de todos os militantes levará tempo. “Esse momento (de frustração da militância) não está superado. Vamos dialogar com a militância da Rede”, afirmou Margarido. Durante a reunião, os seguidores de Marina anunciaram também que vão retomar o processo de coleta de assinaturas para validação do registro da sigla junto à Justiça Eleitoral.

Pesquisa – A ex-senadora evitou o contato com os jornalistas para “não se expor” e comentar o novo levantamento do Datafolha. “Ainda vamos debater isso com a base, mas a pesquisa teve um aspecto positivo, que foi o crescimento do Eduardo Campos”, resumiu Margarido. A pesquisa realizada na sexta-feira apontou que a presidente Dilma Rousseff venceria no primeiro turno e teria 41% das intenções de voto, o senador Aécio Neves (PSDB) outros 21% e Campos, 15%.

Já o deputado Walter Feldman (PSB-SP) classificou como o crescimento “mais extraordinário” o aumento das intenções de voto registrado pelo governador. “Ele (Campos) até então era um candidato frágil porque (tinha) quatro pontos (de intenção de voto) no início, sem perspectiva de exposição e problemas eleitorais. Ele teria muitas dificuldades. O próprio PSB fala que esperava que (ele) só teria dois dígitos no ano que vem. Então, na minha avaliação, é o crescimento mais extraordinário”, disse.

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A pesquisa foi a primeira divulgada após a ida de Marina – que tentou viabilizar sem sucesso a criação do seu partido – para o PSB, presidido pelo governador de Pernambuco. Feldman, ex-tucano, seguiu os passos de Marina. Na avaliação de Feldman, Campos é o candidato com melhores condições de avançar nas próximas pesquisas porque conta com baixa rejeição e ainda é desconhecido de grande parte do eleitorado, o que o leva a ter um potencial de crescimento maior.

Para o parlamentar, os eleitores de Marina “evidentemente” se dividiram e agora ocorre um processo de “decantação da decisão” da ex-ministra de migrar para o PSB. Ele disse que não se preocupa com o fato de Dilma ter herdado a maior parte do espólio eleitoral de Marina, uma vez que, na opinião dele, ainda “não está claro” que ela se retirou da disputa em 2014 e vai ceder seu “patrimônio” para Campos.

“A hora que tiver o desdobramento das informações, a nossa avaliação é que uma parte ponderável (das intenções de voto) virá para cá. Até porque Marina representa uma parte daquilo que não se representa na Dilma e não reconhece no Aécio as condições de ser o destinatário. É uma questão de tempo”, disse.

Questionado se Marina poderia ser a cabeça de chapa do PSB em 2014, pelo fato de em outra simulação na qual concorre levar a disputa para o segundo turno, Feldman negou categoricamente. Segundo ele, seria contraditório para a postura de “desprendimento” da ex-ministra. Ele disse que Marina cedeu seu patrimônio para quem ela considera ter melhores condições para levar adiante o programa da Rede Sustentabilidade e depois ficar “conspirando o tempo todo, abalando e dificultando” a atuação do novo partido.

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(Com Estadão Conteúdo)

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