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Protestos roubam a cena de candidatos no primeiro dia de campanha no Rio

Manifestações em inaugurações com presença de Dilma Rousseff deixaram em segundo plano as agendas dos candidatos à prefeitura. No fim de semana, zonas norte e oeste vão a maioria dos compromissos

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jul 2012, 19h52

A rotina tumultuada da cidade nesta sexta-feira acabou roubando a cena das agendas dos candidatos. O incêndio que destruiu uma loja de artigos para festas em Copacabana e que paralisou uma parte da zona sul ocupou espaço nos noticiários e dificultou a locomoção dos cariocas

No primeiro dia de campanha eleitoral, o prefeito do Rio e candidato à reeleição, Eduardo Paes, do PMDB, ganhou os holofotes. Não necessariamente pelo que fez, pois Paes evitou falar como candidato e adiou para o sábado sua agenda eleitoral. O destaque ficou para os incômodos protestos que atrapalharam a agenda de inaugurações da presidente Dilma Rousseff no Rio, da qual participaram Paes e o governador do estado, Sérgio Cabral. Dilma e Cabral demonstraram um discurso afinado. E bateram também em uma velha tecla: a do alinhamento das três esferas de poder, em defesa da candidatura do peemedebista.

Eduardo Paes, beneficiado pelo calendário do Tribunal Superior Eleitoral que impede inaugurações e lançamentos apenas a partir de 7 de julho, três meses antes das eleições, foi cauteloso e não discursou. Nem precisou. O recado foi dado pela presidente e pelo governador. Os compromissos só desandaram por causa do grupo de estudantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), na entrega de apartamentos do Minha Casa, Minha Vida, na zona norte, e pela onda de reclamações de servidores das áreas da saúde e da educação, já na zona sul da cidade.

Paes aproveitou o seu último dia de inaugurações até o primeiro pleito. À tarde, deu início às obras do Parque Olímpico, principal local das competições durante as Olimpíadas de 2016. Depois, Paes ainda inaugurou uma Nave do Conhecimento em Madureira, na zona norte. Trata-se de um espaço de cursos e oficinas gratuitos para a formação profissional e lazer dos jovens da região.

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A rotina tumultuada da cidade nesta sexta-feira acabou roubando a cena das agendas dos candidatos. O incêndio que destruiu uma loja de artigos para festas em Copacabana e que paralisou uma parte da zona sul ocupou espaço nos noticiários e dificultou a locomoção dos cariocas.

O deputado federal Rodrigo Maia, candidato do DEM, e sua vice, a deputada estadual Clarissa Garotinho, do PR, foram ao calçadão de Campo Grande, na zona oeste, onde criticaram a gestão do atual prefeito. Maia acusou Paes de não ter projetos focados no presente, mas só no futuro, com vistas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas. “O governo de hoje pensa no Rio olímpico de 2017, mas quem estiver na fila do hospital não vai conseguir esperar até lá, se não tiver médicos. As crianças terão seus futuros comprometidos se as creches e escolas não tiverem professores. Nós queremos que as mudanças aconteçam agora”, disse Rodrigo Maia. Os dois também foram ao bairro de Bonsucesso. No sábado, voltarão à zona oeste, para o Calçadão de Bangu. No domingo, vão à feira de São Cristóvão acompanhados pelo ex-prefeito Cesar Maia.

A deputada estadual Aspásia Camargo, concorrente pelo PV à prefeitura, fez um corpo-a-corpo no centro do Rio e criticou a falta de qualidade urbanística, como ela mesma disse, daquela área. “Buracos, calçadas maltratadas, esgoto e lixo invadem a cidade nas noites de sexta quando todos vão comemorar em calçadas irregulares, cercados de entulho. A cidade está em péssimo estado de conservação pública, indigno do título genérico que a adquiriu de Patrimônio da Humanidade”, afirmou Aspásia, atacando a gestão de Paes. No fim de semana, ela fará caminhadas em Santa Teresa, Centro, praia de Ipanema e participará da procissão de Nossa Senhora da Paz, também em Ipanema.

O candidato do PSDB, o deputado federal Otávio Leite, também criticou Paes em seu primeiro dia de campanha. Além de ir à missa em uma igreja de Copacabana, Otávio promoveu um abraço simbólico ao Viaduto da Perimetral, que será derrubado pela prefeitura como parte das obras para a revitalização do porto. “Não faz sentido suprimir uma via de cinco quilômetros e meio que hoje custaria cerca de 600 milhões e ainda gastar um bilhão e meio”, disse o tucano. No fim de semana, a agenda de Otávio será tomada por festas julinas. Serão cinco no total, quatro na zona sul e uma em Sulacap, na zona oeste.

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Marcelo Freixo, do PSOL, começou sua campanha ao lado do deputado federal Chico Alencar e do senador Randolfe Rodrigues, ambos de seu partido. Ele caminhou pelo centro até o Buraco do Lume, local onde a sigla costuma fazer prestação de contas. No sábado, ele irá até Campo Grande, na zona oeste, local emblemático para o candidato. Essa região do Rio tem forte presença de milicianos, grupo paramilitar que Freixo combateu ao presidir, em 2007, a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Depois, ele participará de um sarau na Rocinha e de um arraia em Ipanema, na zona sul. No domingo, Freixo sairá em caminhada pela praia de Copacabana e irá à abertura do comitê voluntário de Santa Teresa.

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