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Protestos contra impeachment e a favor de Dilma reúnem dezenas de milhares em todos os Estados

Por Da Redação
31 mar 2016, 22h08

Milhares de manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff protestaram nesta quinta-feira em diversas cidades do país na data que marca os 52 anos do golpe militar de 1964.

Em Brasília, o protesto convocado pela Frente Brasil Popular e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) teve uma marcha do estádio Mané Garrincha até o Congresso Nacional. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, 40.000 pessoas participavam da manifestação.

No Rio de Janeiro, de acordo com os organizadores, ao menos 50.000 se manifestavam no centro da cidade a favor de Dilma e contra o impeachment, a maioria usando camisas vermelhas e levando faixas com mensagens de apoio à presidente e ao PT. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

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Os manifestantes gritavam palavras de ordem, principalmente “não vai ter golpe”, estimulados por pessoas que discursaram em um palco montado no Largo da Carioca, entre elas o cantor e compositor Chico Buarque. Também foram entoados gritos e exibidos cartazes contra o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o juiz federal Sergio Moro, que concentra em primeira instância os processos da Operação Lava Jato.

Em São Paulo, milhares de pessoas ocuparam a Praça da Sé, no centro da cidade, levando balões de centrais sindicais e faixas de movimentos sociais e entoando palavras de ordem contra o impeachment. A Polícia Militar de São Paulo afirmou que a manifestação atingiu um pico de 18.000 pessoas. De acordo com o Datafolha, o protesto na capital paulista reuniu 40.000 pessoas.

Também houve manifestações em Porto Alegre, que reuniu 18.000 pessoas, de acordo com a estimativa final da polícia, São Luís, Fortaleza, Recife, Maceio e Aracaju, entre outras cidades.

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Lula Em sua conta no Facebook, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que era esperado para comparecer à manifestação em Brasília, divulgou um vídeo em que classificou mais uma vez o pedido de impeachment contra Dilma como um golpe contra a democracia. “O povo brasileiro está mostrando o quanto valoriza a democracia e se manifesta em defesa da Constituição, do estado de direito e das conquistas sociais”, disse Lula.

Os protestos a favor de Dilma e contra o impeachment acontecem enquanto tramita no Congresso um processo de impeachment que acirrou ainda mais a tensão política, em meio à forte recessão econômica e baixa popularidade da presidente, além das investigações da Lava Jato que ameaçam o governo petista. A presidente, que nega ter cometido crime de responsabilidade que justifique um impeachment, adotou como estratégia de defesa chamar de “golpe” o processo de impedimento em curso no Congresso, e voltou a repetir o discurso em evento nesta quinta no Palácio do Planalto.

“Para cada momento histórico o golpe assume uma cara. Nos processos que a América Latina passou nos anos 1960, 1970 e 1980, a forma tradicional era a intervenção militar”, disse a presidente, que foi presa e torturada durante o regime militar. “Agora a forma está sendo a ocultação do golpe através de processos aparentemente democráticos. Se usa um pedaço da democracia. Estão tentando dar um colorido democrático a um golpe porque não tem base legal”, afirmou Dilma.

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(Com Reuters)

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