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Professores mantêm greve no Rio e se juntam a protesto contra a Copa

Assembleia realizada esta manhã decidiu manter paralisação nas redes municipal e estadual de educação, apesar do corte de ponto. Grupo ruma para a Central do Brasil

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
15 Maio 2014, 16h27

Professores das redes públicas municipal e estadual do Rio aprovaram no início da tarde desta quinta-feira a continuidade da greve iniciada no último dia 12. Cerca de 3.000 servidores se reuniram pela manhã na sede do Clube Municipal, na Tijuca, e votaram uma série de resoluções – a principal delas a manutenção da greve. Foram decididos também o percurso do protesto desta tarde, que levou cerca de 1.000 pessoas a caminhar em direção à Central do Brasil, ponto de encontro de um protesto contra a Copa do Mundo, realizado simultaneamente nas cidades-sede da competição.

Os professores ignoraram a decisão da prefeitura e do governo do Estado de cortar o ponto dos grevistas, anunciada na tarde de quarta-feira. A categoria pede reajuste salarial de 20%, 1/3 da carga horária destinada a preparação de aulas e redução da carga horária dos funcionários administrativos de 40 horas para 30 horas semanais.

Em nota a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) informou que 304 professores, entre 75.000, não comparecem às escolas nesta quinta-feira, e que a adesão se mantém no porcentual de 0,4%. Já o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) calcula que a adesão esteja em 30%. A Secretaria Municipal de Educação ainda não calculou a quantidade professores que aderiram à greve.

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Os professores rumam agora para o protesto “15M, manifestação contra as injustiças da Copa”, convocado pelas redes sociais com apoio de partidos (entre eles PSOL e PCdoB, movimentos sociais e grupos como Black Bloc e Anonymous). Da Central, os professores pretendem caminhar em direção à sede administrativa da prefeitura, na Cidade Nova.

A greve dos professores, iniciada na segunda-feira, ocorre simultaneamente a outros movimentos de reivindicação no Estado do Rio e na capital. Na terça e na quarta-feira, a cidade ficou praticamente sem ônibus urbanos. Uma greve decidida à revelia do sindicato da categoria conseguiu fazer com que menos de 10% da frota circulassem na terça-feira, e cerca de 40% na quarta-feira.

Cidades-sede da Copa – As mobilizações programadas para este 15 de maio foram definidas no início do mês em um encontro organizado pela Associação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop). O objetivo é protestar contra supostas violações de direitos humanos que ocorreram durante a preparação do Mundial, segundo informações da Agência Brasil. Estão agendados atos de protesto em pelo menos sete cidades-sede da Copa: Belo Horizonte (MG), Brasília (Distrito Federal), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), além de Vitória (ES).

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Os manifestantes pretendem tomar as ruas, como ocorreu em junho do ano passado, quando uma série de atos mobilizou milhares de brasileiros durante a Copa das Confederações. Os grupos, embora não unificados, apresentam onze reivindicações. Entre elas, está desmilitarização das polícias, pensão vitalícia para as famílias dos nove operários mortos enquanto trabalhavam na construção de estádios da Copa, bem como a responsabilização das construtoras.

Os movimentos também reivindicam o fim dos despejos e das remoções forçadas, a realocação de todas as famílias atingidas por obras relacionadas à Copa e a garantia de moradia. Defendem ainda mais investimentos em transporte público, além da tarifa gratuita nos meios de mobilidade, pauta que movimentou o país em junho do ano passado.

(Com Estadão Conteúdo)

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