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Professores da USP criticam reitor, mas optam por não entrar em greve

A decisão foi tomada em assembleia extraordinária, no auditório do Instituto de Matemática e Estatística (IME), no início da noite desta quarta-feira

Por André Vargas
9 nov 2011, 19h53

Professores da Universidade de São Paulo (USP) disseram não a proposta de paralisar as aulas em apoio à greve estudantil iniciada depois da detenção de 72 universitários, ocorrida durante a desocupação da reitoria, promovida pela Polícia Militar na madrugada desta terça-feira. Mesmo assim, a Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) vai apoiar o ato contra o reitor João Grandino Rodas, programado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sindusp). O protesto está previsto para a tarde desta quinta-feira, na Faculdade de Direito, no Centro de São Paulo.

A decisão foi tomada em assembleia extraordinária, no auditório do Instituto de Matemática e Estatística (IME), no início da noite desta quarta-feira. Estavam presentes cerca de 100 pessoas.

Heloísa Borsari, presidente da Adusp, afirmou que a ação policial foi desmedida e ilegítima. Ela também não reconheceu a legitimidade da decisão dos estudantes em promover a invasão da reitoria, já que a assembleia promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) votou pela atitude contrária. “Uma greve de docentes está fora de cogitação”, disse. Heloísa também declarou que a forma como o movimento estudantil agiu “trouxe mais prejuízos que contribuições”.

Os professores querem uma audiência com o reitor, que terá como pontos principais: as atitudes autoritárias de Rodas; a revogação dos processos administrativos contra alunos, professores e funcionários; a questão da segurança e a retirada da polícia do câmpus. As principais críticas foram as constantes revistas promovidas pela polícia e a criminalização do movimento estudantil (os estudantes foram indiciados por depredação de patrimônio público e desobediência de decisão judicial). A associação optou por não publicar um documento criticando a cobertura da imprensa.

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Alunos – A desocupação da reitoria promovida pela PM provocou, como efeito colateral, o apoio de universitários que num primeiro momento foram contrários à ação dos estudantes – a maioria dos alunos entrevistados pelo site de VEJA considerava ruim a invasão da reitoria perto do fim do semestre, independente da motivação. Para o estudante de pós-graduação em Letras, Marcos Alconchel, de 27 anos, houve excesso de todos os lados. “Primeiro foram estudantes, depois foi a vez da reitoria, que chamou a PM”, disse. “No início, fui contra meus colegas, mas depois do que aconteceu, sou favorável à greve”.

A greve foi decidida em assembleia realizada na noite deterça-feira, que teve a participação de cerca de 2.000 estudantes. Os manifestantes presos foram libertados na madrugada desta quarta-feira, depois de pagarem fiança de um salário mínimo.

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