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Prisão de Delcídio é duro golpe para Dilma, que se cala

Presidente não se pronunciou sobre o caso, mas convocou ministros para reunião. Planalto deve nomear Wellington Fagundes (PR-MT) novo líder do governo no Senado

Por Felipe Frazão 25 nov 2015, 13h20

A prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) nesta quarta-feira representa um duro golpe para o Palácio do Planalto – e a presidente Dilma Rousseff já dá indicativos do tamanho do problema. Ela fechou um evento que seria aberto a jornalistas no Planalto e silenciou sobre a ação que levou para a cadeia o líder de seu governo no Senado.

Agora, há um nome ligado ao governo Dilma Rousseff preso por tentar interferir na investigação e facilitar a fuga de um réu já condenado e que acertava os últimos detalhes de sua delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. “Tudo que diz respeito à Lava Jato está umbilicalmente ligado ao Palácio do Planalto. Não se montaria um esquema desse vigor, como as denúncias a cada dia confirmam, se não houvesse o beneplácito do governo, até porque foi ele o principal beneficiário de todo esse esquema” , afirmou o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB.

Aliados do governo dizem que o senador Wellington Fagundes (PR-MT) deve assumir interinamente a liderança na Casa. Ele é um dos vice-líderes, apesar de não ser do PT. A escolha deixará em segundo plano, por exemplo, o senador Paulo Rocha (PT-PA), o que deve provocar insatisfações na bancada.

Mais cedo, houve uma reunião entre os ministros petistas Jaques Wagner (Casa Civil), Edinho Silva (Secom) e Ricardo Berzoini (Governo). Mas o Planalto ainda não comunicou oficialmente a escolha de Fagundes, tampouco escalou algum ministro do núcleo duro para se pronunciar sobre a prisão do senador. A presidente Dilma não se pronunciou e manteve sua agenda do dia com audiências fechadas em gabinete.

Com bom trânsito na oposição, Delcídio era um dos principais articuladores do governo no Senado. Também por isso sua prisão deve complicar ainda mais a vida de Dilma no Congresso. No início do ano, ele havia sido poupado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que recomendou o arquivamento de investigações contra o senador com base em informações prestadas pelo ex-diretor da Petrobras e delator Paulo Roberto Costa. Delcídio foi diretor de Gás e Energia da Petrobras e ministro do setor de Energia no governo Itamar Franco.

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