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Pressionada por explosões de bueiros no Rio, Light anuncia investimentos

Concessionária antecipa aporte de verbas para 2012 e 2013. A empresa, no entanto, culpa a CEG e a falta de profissionais especializados na área

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jul 2011, 18h46

“Os problemas demoraram a acontecer, só começaram em 2009. Houve uma falha na nossa previsão, achamos que os equipamentos estavam melhores”, diz presidente da Light

Pressionada pela péssima repercussão das explosões em bueiros no Rio de Janeiro, a Light, concessionária que distribui energia elétrica na capital fluminense, anunciou nesta sexta-feira a antecipação dos investimentos em sua rede subterrânea. Para 2012 e 2013, serão gastos, anualmente, 160 milhões de reais- um avanço em relação à previsão para este ano, de 88 milhões. Na cidade, cerca de 500 mil pessoas são abastecidas pela rede subterrânea, que, segundo o próprio presidente da Light, Jerson Kelman, está obsoleta. “Ela começou a ser feita na década de 40, é antiga e precisa de modernização”, assume. E acrescenta: “Os problemas demoraram a acontecer, só começaram em 2009. Houve uma falha na nossa previsão, achamos que os equipamentos estavam melhores”, explica.

Apesar de reconhecer o problema, Kelman não deixou de apontar outras concessionárias envolvidas na série de explosões que apavoram a cidade. A Companhia Estadual de Gás (CEG) foi bastante citada pelo presidente da Light durante o anúncio da antecipação das verbas. Ele se disse convicto de que a CEG fará a parte dela no que se refere ao vazamento de gás no subsolo.

Antes disso, porém, protagonizou um jogo de empurra que vem acontecendo no decorrer das explosões. “A tampa (do bueiro) só se levanta se houver gás. Curto em rede de baixa tensão é insuficiente para levantar a tampa”, argumentou. A Light assumiu a responsabilidade por quatro acidentes em bueiros nos últimos 18 meses. Segundo Kelman, as causas foram exclusivamente elétricas nesses quarto episódios.

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Durante o anúncio, a Light disse estudar a possibilidade de antecipar o investimento ainda para 2011. A ideia é gastar mais 12 milhões ainda este ano no subsolo usado pela Light. “Teremos Copa do Mundo em 2014 e não queremos sob hipótese alguns problemas com turistas ou com residentes do Rio por causa de nossa rede subterrânea”, disse Djalma Moraes, membro do conselho de administração da concessionária. De acordo com Moraes, de 2004 a 2010, havia cerca de quatro explosões de bueiro por ano no Rio. Isso explica, em parte, o porquê da demora da Light em atentar mais especificamente para os seus bueiros.

A rede subterrânea no Rio abastece, sobretudo, a zona sul e o centro do Rio. Daí a explicação para a grande ocorrência de explosões nessas localidades. A modernização dessas redes, no entanto, não se refere apenas à demora da chegada de quantias mais volumosas. A questão envolve também mão de obra especializada nesse serviço. Segundo a Light, não é fácil encontrar esse tipo de profissional no Brasil, e chegou a ser pensado importar essa mão de obra de outros países.

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