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Rebelião dura mais de 40 horas no PR; nove agentes são mantidos reféns

Pelo menos sete detentos continuam sob ameaça de cerca de quarenta rebelados, que amarram os reféns a para-raios no telhado da cadeia

Por Da Redação
15 out 2014, 10h13

Nove agentes penitenciários são mantidos reféns nesta quarta-feira, em rebelião que já dura mais de 40 horas na Penitenciária Industrial de Guarapuava, na Região Centro-Sul do Paraná. Os cerca de quarenta presos que lideram o motim têm feito rodízios e cada um dos agentes fica um período no telhado amarrado a um para-raios. Um grupo de pelo menos sete presos, todos cumprindo penas por crimes sexuais, também está no telhado do presídio, de onde os demais detentos ameaçam jogá-los caso não sejam atendidas suas reivindicações ou a polícia tente invadir o local.

A rebelião começou nesta segunda-feira por volta das 11 horas. Ao longo do dia, os rebelados mantiveram 160 presos reféns – alguns conseguiram escapar. A Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos informa que os detentos reivindicavam a transferência para presídios em outros Estados. Já a polícia diz que os detentos também reivindicam melhorias internas na unidade e reclamam de maus-tratos por parte da administração, além de pedirem progressão de pena para os presos com direito a transferências para outras carceragens no Paraná e em Santa Catarina. Existe também a suspeita, não confirmada, de que a rebelião esteja ligada às transferências recentes de chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) do presídio de Cascavel – onde lideraram um motim – para Guarapuava.

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Um agente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou de Curitiba no final desta segunda e iniciou a conversa com os presos, acompanhado da juíza da Vara de Execuções Penais (VEP) de Cascavel, Patrícia Roque Carbonieri, além de policiais civis e militares. Até até as 19 horas, contudo, as negociações não haviam avançado. Na manhã desta quarta, a secretaria informou que o governo no Paraná acatou o pedido de transferência de presos e aguarda a manifestação dos detentos.

No início da rebelião, um dos agentes foi queimado com cola e outros materiais inflamáveis e teve 40% do corpo ferido. Ele precisou ser encaminhado para um hospital próximo e não corria risco de morte. Essa é a 21ª rebelião em penitenciárias no Estado desde o final do ano passado. Contudo, é a primeira registrada em Guarapuava desde sua inauguração, há quinze anos.

(Com Estadão Conteúdo)

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