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Presidente do PT diz que vai buscar aliança com PSD

Rui Falcão afirmou ainda que ex-presidente Lula "manteve seu prestígio" mesmo com o escândalo do mensalão; e tentou minimizar derrotas no nordeste

Por Kamila Hage
29 out 2012, 15h37

Um dia depois de Fernando Haddad ser eleito com uma plataforma de ataque à gestão de Gilberto Kassab em São Paulo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta segunda-feira que quer o PSD na aliança nacional à reeleição de Dilma Rousseff em 2014. “Nós apoiamos o PSD em Ribeirão Preto, a Darcy Vera, já no compromisso de que a Darcy Vera estará no palanque da presidenta Dilma em 2014. Se o PSD todo vier será muito bem vindo”, afirmou.

Do outro lado, Kassab não hesitou em negociar nas últimas semanas não só a adesão em massa à base de Dilma no Congresso como a formação da base de Haddad na Câmara Municipal. Segundo revelou o Radar on-line, o prefeito paulistano poderá, inclusive, faturar um ministério.

Falcão fez um balanço das eleições municipais e avaliou que o saldo foi positivo para a sigla, principalmente em São Paulo, estado que era tido como terreno do PSDB, e onde o PT ganhou a prefeitura da capital com Fernando Haddad. Falcão afirmou que o pleito foi um teste para a popularidade do ex-presidente Lula, cuja imagem havia sido estremecida após o escândalo do mensalão. “O prestígio do presidente Lula permanece”, avaliou Falcão.

Entretanto, o dirigente disse ser difícil avaliar o impacto do julgamento do mensalão, que acontece no Supremo Tribunal Federal (STF) desde agosto, no resultado o partido nas urnas.

Falcão tentou minimizar o fortalecimento do PSB no Nordeste, onde o partido perdeu prefeituras. “Do ponto de vista do PT, não perdemos para a oposição, mas para um aliado”, afirmou. O PSB impôs derrotas ao PT em cidades importantes como Fortaleza e Recife, fazendo Eduardo Campos se fortalecer. Apesar de estar na base de Dilma, não é descartada a possibilidade de Campos sair candidato à Presidência em 2014, além de haver um flerte com a oposição, na figura do senador Aécio Neves, do PSDB mineiro.

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Em Fortaleza, o candidato petista Elmano de Freitas foi derrotado pelo socialista Roberto Claudio. Falcão justificou a vitória do PSB ao apoio do governador do estado do Ceará, Cid Gomes. “Houve muito peso da máquina do governo do estado em Fortaleza”.

Outra derrota significativa do PT foi em Salvador, contra ACM Neto (DEM). A presidente Dilma Rousseff chegou a fazer comício na capital baiana no segundo turno, mas não adiantou.

Oposição – Apesar de achar que o PSDB se enfraqueceu com derrotas como a de São Paulo, Falcão afirmou que o partido de oposição não deve ser subestimado na disputa eleitoral de 2014. “O PSDB é um partido que tem um número considerável de eleitores, e, com certeza, vai ter candidato para a presidência. Nós respeitamos o partido, porque ele participou da luta democrática”, afirmou.

Ainda assim, a sigla sonha com patamares nunca alcançados, como o Palácio dos Bandeirantes. “Não há uma correlação direta, mas evidente que o fato de você governar a maior cidade do país pode ter influencia nas eleições de 2014”, afirmou, sobre a eleição para governador do estado dentro de dois anos.

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