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Governo decreta situação de emergência em cidade atingida por fumaça tóxica

Trezentas famílias estão abrigadas em uma escola estadual de São Francisco do Sul; meteorologista avisa que fumaça pode chegar a SP

Por Da Redação
25 set 2013, 18h46

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), decretou, na tarde desta quarta-feira, situação de emergência em São Francisco do Sul. A cidade é atingida por uma fumaça proveniente de um incêndio a um armazém de fertilizantes à base de nitrato de amônia, em um terminal marítimo, na BR-280. A explosão no depósito aconteceu na noite de terça-feira e a fumaça se espalhou pela cidade.

Uma área de dois quilômetros ao redor do armazém está isolada e 300 famílias que vivem próximas ao local tiveram de deixar suas casas. Elas estão abrigadas em uma escola estadual da região. Mais de 5 000 máscaras foram distribuídas para a população da cidade, localizada a 190 quilômetros de Florianópolis. As aulas na cidade foram suspensas nesta quarta-feira. O Corpo de Bombeiros estima que será necessário mais de um dia para normalizar a situação no depósito onde acontece o incêndio.

“Temos que conter a fumaça e chegar até o centro da reação química para neutralizá-la. Vamos manter um grupo de 200 homens trabalhando 24h por dia em esquema de plantão até resolver o problema”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Oliveira.

Os bombeiros explicaram que os efeitos do gás que se forma com a combustão do nitrato de amônia podem ser comparados aos do gás lacrimogêneo. O contato com a fumaça causa reações no organismo como tosse, pele avermelhada, olhos lacrimejantes e doloridos, além de congestionamento das vias orais. A orientação da Gerência de Produtos Perigosos da Defesa Civil é para que as pessoas se mantenham distantes da área do acidente.

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Segundo o órgão municipal, a coluna de fumaça, composta por nitrato de amônia, diafosfato de amônia e cloreto de potássio, desloca-se segundo a direção do vento. De algumas cidades próximas a São Francisco do Sul, como Garuva e Itapoá, é possível ver a nuvem e sentir o cheiro dos componentes químicos.

Segundo o meteorologista Marcelo Martins, do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), a nuvem de fumaça movimenta-se numa velocidade de 25 quilômetros por hora em direção ao norte. Segundo ele, há possibilidade de que ela chegue ao estado de São Paulo até o fim da noite desta quarta-feira, quando os ventos mudam de direção e sopram para o continente.

Segundo a prefeitura, cerca de 300 pessoas encontram-se na escola estadual Claurenice Vieira Caldeira, escolhida para abrigar as famílias desalojadas. A Defesa Civil informou que 150 famílias tiveram que abandonar as suas casas para evitar exposição à fumaça.

A supervisora do Centro de Informações Toxicológicas (CIT) da Secretaria do Estado de Saúde, Marlene Zannin, orienta a população a se dirigir para áreas ventiladas e a tomar banho com água e sabão, a fim de eliminar os resíduos das substâncias tóxicas no organismo.

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Até o início da tarde, aproximadamente 130 pessoas foram atendidas no hospital municipal Nossa Senhora da Graça, em São Francisco do Sul – nenhuma em estado grave. Um número atualizado de avaliações médicas deve ser divulgado no início da noite.

Devido à fumaça espessa de cor alaranjada, 90% do comércio permaneceu fechado nesta quarta-feira. Segundo a prefeitura, as aulas só serão retomadas na próxima segunda-feira.

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