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Prefeitos aliados boicotam encontro contra UPPs de Cabral

Doze governantes da Baixada Fluminense haviam confirmado presença no ato marcado para pressionar o governador, mas dez faltaram sem dar explicações

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 nov 2013, 17h43

A reunião entre representantes da Baixada Fluminense, organizada para pressionar Sérgio Cabral por mais segurança na região, foi um fracasso. Marcado para a noite de quinta-feira, o encontro tinha onze prefeitos confirmados pessoalmente pelo organizador, Sandro Matos (PDT), chefe do executivo de São João de Meriti. Além dele, porém, só outro governante compareceu: Dennis Dauttmam (PC do B), de Belford Roxo. Dos demais não recebeu qualquer justificativa para a ausência no ato que havia sido divulgado pela imprensa. O combinado era de que o grupo criaria um documento criticando a menina dos olhos do governador: a política de pacificação. Era consenso entre eles, ao menos até então, que boa parte dos criminosos das favelas cariocas onde foi instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) fugiu para municípios vizinhos.

Prefeitos reclamam da migração de criminosos de favelas pacificadas

Acabou sendo redigida a carta pedindo a Cabral que batalhões e delegacias da Baixada tivessem o policiamento reforçado. Mas, agora, Matos precisa voltar a contatar cada um dos políticos ausentes, como uma última tentativa de mostrar que a região está unida – apesar do boicote mal explicado. “Estou ligando para que os prefeitos ao menos assinem o documento. Assim, veremos quem vai dar continuidade ao combinado e quem, por algum motivo, mudou de ideia”, disse ele, ao site de VEJA. Entre prefeitos que não compareceram, estão três do PMDB, dois do PSDC, um do PT, um do PSB, um do PMN, um do PSC. Todas as legendas fizeram parte da coligação Juntos por um Rio, que reelegeu Cabral em 2010. Somente um está sem partido atualmente: Alexandre Cardoso, de Duque de Caxias, que saiu do PSB para apoiar a candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, ao Palácio Guanabara no próximo ano.

A ausência dos prefeitos veio em boa hora para Cabral, que viu sua popularidade despencar a partir das manifestações de junho. Aos gritos na rua de “Fora, Cabral” somaram-se os de “Cadê o Amarildo?” – o pedreiro torturado até a morte por agentes da UPP da Rocinha, onde morava, caso que levou ao indiciamento de 25 policiais militares. Este foi o ápice de um processo de descrédito da política de pacificação, alimentado ainda pela dificuldade de conter traficantes que continuam como donos dos morros e promovem tiroteios que vêm aterrorizando moradores. A bandeira que levou o governador a abocanhar com tranquilidade o segundo mandato é agora colocada em xeque tanto na capital quanto no entorno. E estancar a crise de credibilidade das UPPs torna-se cada vez mais urgente.

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