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Policiais capturam testemunha do caso Bruno que escapou da prisão

Detento denunciou plano do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para matar juíza, policial e advogados

Por Da Redação
18 jul 2012, 12h34

O detento que denunciou o plano do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para assassinar a juíza responsável pelas audiências de instrução e julgamento do caso Eliza Samudio, além de dois advogados, um deputado e o delegado que presidiu as investigações, fugiu na terça-feira do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, em Belo Horizonte. O foragido foi capturado na manhã desta quarta-feira na cidade de Guanhães, no Vale do Rio Doce, interior de Minas, a 229 quilômetros da capital mineira.

Jaílson Alves de Oliveira, de 41 anos, era colega de cela de Bola na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de BH, e em abril de 2011 revelou o que seria uma trama para cometer os assassinatos. Ele também disse, na época, ter ouvido uma confissão do ex-policial de que sobre a execução de Eliza. Segundo a testemunha, Bola contou a ele durante uma conversa que havia queimado o corpo da jovem em pneus e jogado as cinzas nas águas do Parque Lagoa do Nado, na Pampulha.

O homem foi ouvido pela Polícia Civil e no Fórum de Contagem e, após as revelações contra o ex-policial, Oliveira afirmou que passou a sofrer ameaças de morte. No dia 1º de julho, ele foi transferido para o Ceresp, em BH. Marcos Aparecido também foi remanejado para a Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana. Conforme a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), a fuga do preso aconteceu por volta das 10h da terça-feira, durante um trabalho externo para a reforma do prédio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Investigadores da Polícia Civil capturaram o foragido, a partir de denúncias anônimas sobre o paradeiro dele. O detento será levado para a Nelson Hungria ainda hoje.

O advogado de Oliveira, Ângelo Carbone, chegou a cogitar no início desta manhã a possibilidade de seu cliente ter sido executado, vítima de uma queima de arquivo para impedir revelações importantes à Justiça. Segundo Carbone, as suspeitas foram levantadas porque, desde que Oliveira revelou as histórias que teria ouvido de Bola, ele passou a ser ameaçado. “A Justiça garantiu segurança, mas mesmo assim o Jaílson está com medo de ser morto”.

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Trama – O plano de assassinato da juíza Marixa Fabiane Rodrigues, da 1ºVara Criminal do Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi denunciado em junho à Corregedoria Geral de Justiça de Minas Gerais, que determinou que a magistrada passasse a andar sob escolta policial. Segundo a testemunha, também estavam na lista de morte de Bola, os advogados José Arteiro Cavalcante Lima, assistente de acusação, e Ércio Quaresma, que atuou na defesa do Bruno quando o crime veio à tona, na época o chefe do DHPP, delegado Edson Moreira, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Durval Ângelo.

Na ocasião, a mulher de Oliveira procurou Arteiro, informando que o marido precisava falar com ele urgente. “Pensei que ele queria me contratar como advogado, e fui conversar com o preso. Quando cheguei ao presídio, ele me jogou essa bomba na mão. De imediato, procurei a juíza e pedi para ela ouvir o detento. Ela ouviu e ele confirmou tudo o que havia me contado”, disse Arteiro.

Segundo declarações da testemunha, Bola contaria com o criminoso Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, do Rio de Janeiro para levar seu plano adiante. Marcos Aparecido já morou no Rio, onde fez parte do quadro da Polícia Militar, mas foi expulso da corporação por insubordinação. Em Minas, entrou para a Polícia Civil, mas foi obrigado a deixar a função, também pelo comportamento inadequado.

A SEDS informou que Jaílson Oliviera deu entrada pela primeira vez em uma unidade do sistema prisional de Minas em 1999. O detento responde seis processos de crimes de abuso sexual, que correm em segredo de Justiça.

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