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Polícia prepara ocupação da Rocinha, última favela da zona sul controlada por traficantes

Com Maracanã cercado por UPPs e Complexo do Alemão ocupado pelas Forças Armadas, favela de São Conrado deve receber a próxima grande operação policial

Por Da Redação
4 nov 2011, 11h20

Com o ciclo de ocupações em torno do Maracanã concluído, e o Complexo do Alemão controlado pelas Forças Armadas há 11 meses, a Favela da Rocinha, na zona sul, deverá receber a próxima grande operação policial para criação de uma Unidade de Polícia Pacificadora no estado do Rio. A Secretaria de Segurança mantém oficialmente em sigilo as datas em que isso deve acontecer, mas na manhã de quinta-feira agentes da Polícia Civil deram início às ações que preparam o território e levantam informações para a entrada definitiva da tropa.

Assim como no Alemão, na Rocinha, última grande favela da zona sul ainda controlada por traficantes, as polícias estaduais receberão apoio das Forças Armadas. Apesar de ter sido decidida às pressas, diante da necessidade de reação a uma série de ataques na cidade, a ação de novembro do ano passado acabou determinando alguns procedimentos que foram adotados nas operações seguintes. Um deles consiste em alertar a população sobre a data da ocupação – o que evita a chance de tiroteios e de imprevistos na ação, mas também facilita a fuga de perte dos criminosos.

As operações de preparação, como em outras favelas, minimizam as chances de confronto. E, na Rocinha, este será um aspecto crítico da operação. A favela cresceu na encosta de São Conrado, entre os bairros da Gávea e do Leblon, pelo lado da zona sul, e da Barra da Tijuca, em direção à zona oeste. Os caminhos para a Rocinha são complexos: pela mata ou pelos túneis que ligam São Conrado ao resto da cidade. Uma operação policial de grandes proporções, portanto, interfere na rotina de toda a zona sul, com possibilidade de fechamento de vias importantes, como a Auto-Estrada Lagoa-Barra.

Assim como na Mangueira, a ocupação da Rocinha vai além dos limites da favela. A ação deve incluir o Morro do Vidigal, com acesso pela Avenida Niemeyer, que passa junto ao mar e liga o Leblon a São Conrado.

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De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), o uso de militares das Forças Armadas em uma ação desse tipo depende de autorização do Ministério da Defesa. No mês passado, na cerimônia de assinatura do convênio para manter o Exército no Alemão até junho de 2012, o ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que o Exército está preparado para essas ações – apesar de admitir que a permanência por longos períodos não é missão dos militares.

Formalmente, o uso das Forças Armadas nessas ações depende de uma intervenção federal, mesmo que a pedido do governador. Sérgio Cabral, antes com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, e agora com a presidente Dilma Rousseff, tem adotado atalhos para obter ajuda e, assim, abrir caminho para obras federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Nesta sexta-feira, outra área que recebe investimentos do PAC foi alvo de uma operação policial. No Complexo da Maré, policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) desativaram uma central de TV a cabo clandestina e trocaram tiros com traficantes. Um homem que, segundo a PM, seria traficante, morreu baleado.

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