Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Polícia detecta indícios de que sindicatos financiaram black blocs

Inquérito aponta que Sindpetro teria fornecido, além de dinheiro, transporte e alimentação a baderneiros, informa reportagem de 'O Globo'

Por Da Redação
22 jul 2014, 08h33

A Polícia Civil do Rio de Janeiro detectou indícios de que sindicatos tenham financiado protestos organizados pelo grupo de 23 pessoas cuja prisão preventiva foi decretada na sexta-feira. As informações foram publicadas na edição desta terça-feira do jornal O Globo. Escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça e depoimentos colhidos pelas autoridades da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática forneceram à polícia indícios de que o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), o Sindprev e o Sindpetro foram procurados pelos black blocs em busca de dinheiro.

De acordo com o jornal, a polícia acredita que o Sindpetro, Sindicato Unificado dos Petroleiros, tenha fornecido não só dinheiro como transporte, carros de som e alimentação a baderneiros que integraram manifestações com episódios de vandalismo, além de ocupações. A entidade teria cobrado em troca assinaturas contra o leilão do Campo de Libra. Ocorrido em outubro do ano passado, o primeiro leilão do pré-sal foi marcado por um confronto travado entre black blocs e agentes da Força Nacional de Segurança, na Barra da Tijuca, ao longo de mais de quatro horas.

Leia também:

Polícia prende black blocs com material incendiário e armas de fogo

Polícia prende Sininho e mais dezoito ativistas do Rio

Continua após a publicidade

As investigações apontam que Jair Seixas Rodrigues, o Baiano, seria o elo entre o sindicato e os manifestantes. Ele teria recebido dinheiro da entidade para mobilizar baderneiros para ocupar prédios, além de ter fornecido transporte ao grupo que realizou o protesto violento contra o leilão na Barra da Tijuca. “Financiado pela Fist (Frente Internacionalista dos Sem Teto) e pelo Sindpetro, Baiano teria pago a pessoas para praticar vandalismo durante o protesto contra o leilão de Libra”, diz trecho do inquérito publicado pelo Globo. “O mesmo teria acontecido nos atos Ocupa Cabral e Ocupa Câmara. Além das refeições, os financiadores teriam fornecido os materiais para confecção de cartazes e as passagens dos ativistas”, prossegue o documento.

Apontada como líder do grupo, Elisa Quadros, a Sininho, também foi flagrada em telefonemas buscando ajuda de sindicatos. Em uma das escutas, pede a um membro do Sepe marmitas para fornecer a manifestantes que integravam um protesto. Segundo o jornal, não é possível saber pelo áudio se ela conseguiu. O contato de Sininho no Sepe é Filipe Proença de Carvalho Moraes, conhecido como Ratão, um dos 23 com prisão preventiva decretada e que está foragido. Durante a greve dos professores no Rio, em outubro passado, o sindicato declarou “apoio incondicional” aos black blocs, que passaram a integrar os protestos da categoria promovendo lamentáveis cenas de vandalismo. Sininho ainda procurou o Sindpetro e o Sindprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal) em busca de marmitas para índios que participavam de uma assembleia organizada por ela referente à Aldeia Maracanã.

Do grupo formalmente acusado neste processo, apenas cinco estão presos: três desde o último sábado (Elisa Quadros, Camila Jourdan e Igor D’Icarahy) e dois desde fevereiro (Fábio Raposo e Caio Silva). Outros 18 são considerados foragidos. Eles são acusados de participar da organização e realização de crimes durante protestos nos últimos meses e de planejar atos violentos para a final da Copa do Mundo no Brasil.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.