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Polícia identifica homem que disparou rojão contra cinegrafista. “Foi um homicídio intencional”, afirmou delegado

Titular da 17ª DP (São Cristóvão) pretende pedir à Justiça a prisão do responsável por detonar o explosivo. Tatuador preso colaborou no reconhecimento do acusado

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
10 fev 2014, 19h14

A Polícia Civil pediu nesta segunda-feira a prisão do homem acusado de disparar o rojão que feriu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes. De acordo com uma nota divulgada pela instituição, o acusado está identificado e qualificado. “A Polícia Civil está representando pela prisão dele na Justiça”, dizia o comunicado, divulgado no início da noite. Já está preso o tatuador Fábio Raposo Barbosa, que confessou ter passado ao homem que aparece nas imagens de camisa cinza e calças jeans. O cinegrafista teve morte encefálica diagnosticada nesta manhã.

Também nesta segunda, o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Raposo, apresentou à Polícia Civil a identificação do homem que detonou o rojão. Segundo Luciano, as informações do advogado ajudaram a confirmar pistas levantadas pela Coordenadoria de Inteligência Policial da Polícia Civil (Cinpol). Raposo reconheceu, por fotografias, o responsável por acender o rojão. Com o reconhecimento e as imagens que documentam o crime, a polícia resolveu que há provas suficientes para pedir a prisão temporária por 30 dias do suspeito.

“Já tinhamos informações dele obtidas pelo setor de inteligência da Polícia Civil. O advogado reforçou as suspeitas e o reconhecimento feito por Fábio foi fundamental. Assim que houver pronunciamento do Judiciário sobre o pedido de prisão, vamos divulgar nome e foto do atirador do rojão”, disse o delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão).

O tatuador e o homem que acendeu o rojão, a partir de agora, estão indiciados por homicídio doloso (com intenção) qualificado e por explosão, crimes que podem render até 35 anos de prisão. De acordo com o delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão), Raposo detalhou que o responsável por disparar o rojão tinha um perfil violento, de ir para a linha de frente dos protestos para participar de brigas. “Ele (Raposo) afirmou que conheciao rapaz apenas das manifestações, não tinha ligação com ele”, disse o delegado.

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Segundo o delegado, o criminoso tentou atingir policiais com o rojão, mas acabou acertando o cinegrafista. “Foi um homicídio intencional. O que se procurou foi atingir as forças policiais. Santiago Andrade infelizmente foi colocado na linha de tiro”, frisou o delegado.

Os policiais ainda vão investigar se o responsável por acionar o rojão pertence ao grupo Black Bloc. Caso fique constatado que ele se uniu a mais três pessoas para promover crimes, pode também responder por formação de quadrilha. Ele já tinha duas passagens pela polícia, uma como autor de um crime de menor potencial ofensivo, que não foi divulgado, e outro como vítima em uma manifestação.

Delação premiada – A defesa de Raposo tenta obter para seu cliente o benefício da delação premiada. Mas isso ainda não vai ser analisado neste momento. Segundo o delegado, caberá à Justiça, após a conclusão das investigações e o início do julgamento, decidir se a contribuição dada pelo tatuador pode ser entendida como uma colaboração que permite redução de pena.

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O advogado também vai tentar na Justiça outra forma de atenuar a pena de Raposo. Ele vai pedir que o tatuador responda por lesão corporal seguida de homicídio, o que seria uma punição menor do que os crimes de homicídio doloso qualificado e explosão.

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