PMs trocam tiros com bandidos em favela ocupada desde a morte de Playboy
Maior traficante do país foi morto pela polícia no sábado. Nesta segunda, agentes foram surpreendidos por criminosos
Policiais militares entraram em confronto com homens armados na manhã desta segunda-feira, no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na cidade do Rio de Janeiro. A favela está ocupada por cerca de 400 agentes da Polícia Militar (PM) desde a morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, no último sábado. Um dos criminosos, ainda não identificado, morreu baleado. Ninguém foi preso.
De acordo com informações do 41º Batalhão da PM, responsável pela área, homens do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do batalhão fizeram uma incursão no Morro do Juramento, vizinho ao Complexo da Pedreira, e, num local conhecido como “Rodo”, foram surpreendidos por homens armados. De acordo com os PMs, os criminosos dispararam contra o veículo ocupado pelos agentes, que revidaram e acabaram atingindo um suspeito. Levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio, ele não resistiu aos ferimentos. Segundo policiais, com ele foi encontrado um revólver. A 27ª Delegacia de Polícia, de Vicente de Carvalho, investiga o caso.
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Também nesta segunda-feira, PMs apreenderam um adolescente de 16 anos no Morro do Juramento. A polícia disse que ele carregava uma pistola e um rádio transmissor. O jovem foi encaminhado para a 27ª Delegacia de Polícia.
No domingo, o entorno da Pedreira viveu um clima de tenso, mas sem registros de episódios violentos ou protestos. O comércio, em pleno Dia dos Pais, funcionou com portas semiabertas. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Costa Barros não abriu.
O Morro do Juramento, antiga área de influência da facção Comando Vermelho, foi tomada pelo grupo de Playboy, os Amigos dos Amigos, em janeiro deste ano. Tiroteios violentos foram registrados à época.
Playboy foi morto no sábado em uma operação conjunta da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal e do serviço de inteligência da Polícia Militar (PM). Ele tinha 33 anos e era um dos criminosos mais procurados do país.
(Com Estadão Conteúdo)