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ANP interdita plataforma inclinada na Bacia de Campos

Inquérito vai apurar causas do acidente. Segundo a agência, não há risco de vazamento de petróleo. Unidade é operada pela Petrobras

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
28 fev 2014, 18h13

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Marinha interditaram nesta sexta-feira a plataforma SS-53, operada pela Petrobras na Bacia de Campos, que afundou parcialmente com uma inclinação de 3,5 graus na madrugada. A estrutura já foi estabilizada. A paralisação do funcionamento da embarcação vai ser mantida “até que sejam reestabelecidas as condições regulamentares de segurança operacional”, de acordo com comunicado distribuído pela ANP.

No momento do acidente, era realizado um serviço para iniciar a extração de óleo de um poço no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, mas não há risco de vazamento ou indícios de poluição no mar, de acordo com a ANP. Havia 113 funcionários a bordo da plataforma. Ninguém ficou ferido. Chegaram a ser resgatados 77 deles para que fosse realizado o trabalho de estabilização pelos 36 trabalhadores que permaneceram a bordo

Uma equipe de inspetores navais e auditores técnicos foi enviada para acompanhar as investigações e as medidas de segurança em andamento, de acordo com a agência reguladora. Também foram deslocados pela Marinha um navio de patrulha oceânica e um helicóptero. Foi aberto um inquérito administrativo para apurar as causas do acidente.

Já se sabe que houve um alagamento em um dos tanques da embarcação. Segundo a estatal, uma válvula do sistema de lastro, o mecanismo que nivela o grau de submersão da embarcação, falhou. De acordo com a Noble, a empresa proprietária da plataforma, o problema na estabilização da plataforma começou por volta de 1 hora desta sexta-feira.

Na opinião do presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e representante dos trabalhadores no conselho de administração, José Maria Rangel, a inclinação chegou ao “limite do perigo”. Mas não houve risco de afundar, segundo a Petrobras. “A inclinação chegou ao limite do perigo, porque se inclinasse mais do que isso o helicóptero não conseguiria pousar no heliponto e muito menos o guindaste operar. Foi um incidente grave”, disse Rangel.

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A SS-53, batizada Noble Paul Wolf, é uma sonda submersível. A Noble ganha 428 mil dólares por dia de serviço prestado para a Petrobras. De acordo com o site do Ibama, possui posicionamento dinâmico para perfuração, “completação” (a preparação do poço para produção) e intervenção em poços de petróleo. Nesse tipo de posicionamento, não há ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto pelos equipamentos de perfuração.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense informou que os trabalhadores que estavam na plataforma foram levados para um hotel flutuante na região. Como a plataforma é uma embarcação estrangeira, com bandeira da Libéria, a maioria dos operários é de origem estrangeira. Há apenas um ou dois funcionários da Petrobras na unidade, supervisionando os trabalhos, disse o sindicato, por meio da assessoria de imprensa.

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O problema ocorre em meio a recentes notícias de que a Petrobras poderia enfrentar novas paralisações em suas plataformas de produção na Bacia de Campos caso não resolvesse questões de segurança, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo no domingo.

No início da semana, a Petrobras informou que órgãos de fiscalização haviam auditado diversas plataformas da empresa, apontando não conformidades e pontos de melhoria das condições operacionais, que segundo a estatal, têm recebido adequado tratamento.

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