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PF prende ex-vice-presidente do Banco do Brasil

Operação Porto Victoria desarticulou quadrilha especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Por Da Redação
11 jun 2015, 14h08

Entre os onze presos nesta quinta-feira pela Polícia Federal durante a Operação Porto Victoria, contra uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas, está o ex-vice-presidente do Banco do Brasil Allan Simões Toledo, que hoje atua no Banco Banif. Além de Toledo foram presos doleiros e outros dois funcionários de alto escalão de instituições financeiras, segundo a PF. De acordo com o delegado Alberto Ferreira Neto, os investigados já tinham passagem pela polícia por crime de colarinho branco. Esta fase da Porto Victoria mirou os operadores do esquema – agora, a PF investiga os clientes do grupo.

Toledo trabalhou durante quase trinta anos no Banco do Brasil. Ele foi demitido em dezembro de 2011 pelo Conselho Administrativo do grupo por ter adotado algumas atitudes contrárias à posição dos diretores e do presidente do banco na época, Aldemir Bendine, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Em 2012, ele foi citado no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentação atípica de um montante de 953.000 reais. O ex vice-presidente alegou que alguém, provavelmente de dentro do próprio banco, quebrou seu sigilo e falou que os depósitos foram feitos devido à venda de um imóvel.

Os investigadores suspeitam que o bando tenha desviado 3 bilhões de reais em três anos de atuação, segundo estimativas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou as movimentações suspeitas. Nesta quinta-feira os agentes da PF apreenderam 1 milhão de reais em espécie ao cumprir trinta mandados de busca e apreensão.

De acordo com as investigações da Operação Porto Victoria, que teve início em setembro do ano passado, um dos esquemas em que o bando se especializou foi a retirada ilegal de divisas da Venezuela. Os investigados lavavam dinheiro por meio de importações e exportações fictícias de produtos, em sua maioria máquinas para processar alimentos – que eram superfaturados em até 5000% para justificar a remessa dos valores vindos do país. Depois, o grupo enviava os recursos para Hong Kong. Segundo o delegado Neto, a cidade foi escolhida para concentrar as remessas de dinheiro por causa da fiscalização reduzida. De lá, o dinheiro era encaminhado para outras contas ao redor do mundo.

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Realizado no Brasil, outro golpe do bando era o envio de dólares para o exterior com aparência de legalidade. Para isso, empresas brasileiras realizavam importações fictícias com a colaboração de operadores do sistema financeiro com bancos e corretoras de valores, que faziam vistas grossas em relação à veracidade de transações comerciais. Outras transações foram feitas, tanto no Brasil quanto no exterior, pelo esquema conhecido como “dólar cabo”, operações realizadas fora do sistema oficial de remessas de divisas.

(Com reportagem de Nicole Fusco e Estadão Conteúdo)

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