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PF investiga contratos públicos que somam R$ 15,6 bilhões

Fraudes e corrupção são responsáveis por 12% das operações realizadas pelas PF; Nordeste lidera ação do crime organizado

Por Da Redação
27 jan 2014, 09h35

Suspeitas de fraudes e corrupções levam a Polícia Federal (PF) a investigar contratos da administração pública que juntos somam 15,6 bilhões de reais em investimentos do Tesouro. Essa é a primeira vez que a PF divulga o mapeamento das investigações de crimes contra os cofres públicos.

Há 12.870 inquéritos em curso em todo o país que apuram delitos dessa natureza – peculato, desvios, violação à Lei de Licitações por cartéis e outros atos lesivos ao patrimônio público. Esse número representa quase 12% de todas as investigações da PF, que totalizam 108.822 inquéritos. O Nordeste é a região mais afetada pela ação do crime organizado, concentra 5.371 inquéritos, 41,7% dos procedimentos. A PF atribui essa demanda ao fato de a União destinar recursos mais constantemente para a área.

O Distrito Federal é onde a PF mantém sob suspeita contratos que manejam o maior volume de recursos: 5,85 bilhões de reais ao todo. O argumento é que Brasília aloja ministérios e autarquias federais, fontes de dinheiro para projetos e programas que atendem a emendas parlamentares.

Na sequência aparecem Rio de Janeiro (4,5 bilhões de reais) e Goiás (1,2 bilhão de reais). Em São Paulo, somam 128,82 milhões de reais os recursos aportados em contratos sob investigação. São valores investidos em obras e serviços de contratos públicos. Não quer dizer que tudo tenha sido desviado. “Pode ser menor (o desvio), pode ser maior”, pondera o diretor-geral da PF, delegado Leandro Daiello.

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Depois de um inquérito e ação realizada pela PF, a Justiça de Alagoas confiscou no ano passado 344,9 milhões de reais em bens e valores de suspeitos.

Cartel – Os cartéis também entraram na mira da PF. No Acre, foi desencadeada a Operação G7, com a identificação de sete empresas da construção civil que atuavam em conluio para fraudar licitações de obras públicas em cinco municípios. Em seis contratos, no valor de 40 milhões de reais, o prejuízo foi de quatro milhões de reais.

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No Maranhão, onde a PF investiga contratos no valor total de 115,85 milhões de reais, a Justiça bloqueou 5,15 milhões de reais da Operação Cheque em Branco – que flagrou sete prefeituras em desvios de recursos destinados a hospitais e ao ensino básico. Os gestores utilizavam-se das contas públicas para emitir cheques e formulários de saque em branco, em garantias a agiotas de valores tomados emprestados para custeio de campanhas políticas.

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