PF indicia 22 suspeitos na Operação Concutare
Entre eles estão secretários presos na segunda-feira; todos responderão por corrupção ativa e passiva, crime ambiental e falsidade ideológica
A Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Sul indiciou, nesta sexta-feira, 22 suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Operação Concutare. Além dos dezoito presos na segunda-feira, há mais quatro pessoas, entre testemunhas e investigados, suspeitas de terem participação nas fraudes em órgãos públicos de controle ambiental.
Todos foram indiciados por corrupção ativa e passiva, crime ambiental e falsidade ideológica.
Os mandatos de prisão cumpridos pela PF atingiram o primeiro escalão do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura de Porto Alegre. O secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Fernando Niedersberg, e o titular da pasta na prefeitura, Luiz Fernando Záchia, foram presos.
Ao todo, treze suspeitos continuam detidos temporariamente – cinco foram liberados. A prazo da prisão temporária expira nesta sexta-feira. Para que continuem presos, a PF deve pedir prorrogação do prazo à Justiça. O delegado Roger Soares Cardoso fará novo pronunciamento sobre o caso às 16h30, segundo a assessoria de comunicação da PF.
Na Operação Concutare, a Polícia Federal investiga a cobrança e o pagamento de propina, entre servidores públicos, consultores ambientais e empresários, para concessão de licenças ambientais, liberação de empreendimentos e extração de areia no estado.
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