Peritos examinam acervo destruído por incêndio no Rio
Apartamento do marchand Jean Boghici, em Copacabana, foi destruído pelas chamas na noite de segunda-feira. Laudo de perícia deve ficar pronto dentro de 15 dias
Uma perícia no edifício 193 da rua Barata Ribeiro, em Copacabana, deverá determinar causas do incêndio ocorrido na noite de segunda-feira e que consumiu grande parte do acervo do marchand Jean Boghici. Uma equipe do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio, chegou ao local por volta das 10h desta terça-feira para colher informações e averiguar o que restou no apartamento de Bochici, a cobertura duplex do prédio.
Leia também:
Vida de artista: as histórias de Jean Boghici
A assessoria da Polícia Civil informou, por e-mail, que o delegado Márcio Mendonça, titular da 12ª DP (Copacabana), já ouviu a filha dos donos do apartamento. Mendonça acredita que um curto circuito seja a causa do incêndio, mas afirmou aguardar o resultado do laudo da perícia para concluir se o incêndio foi acidental ou criminoso. O documento deve ficar pronto em 15 dias.
Boghici entrou em desespero ao chegar ao local no início da noite, no momento em que bombeiros trabalhavam para conter as chamas. O incêndio, que teria sido provocado por um problema em um aparelho de ar-condicionado, consumiu parte de uma coleção que o marchand começou a construir na década de 1960. O acervo reunia obras de Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Rubens Gerchman e Antonio Dias, entre ouros artistas.
Moradores do local contaram que os bombeiros chegaram rapidamente ao local do incêndio, mas houve demora para posicionar a escada magirus de forma a ter acesso ao 12º andar. Depois de cerca de duas horas de combate às chamas, o fogo foi extinto. Mas o edifício só foi liberado até o 9º andar.
Copacabana teve, em julho, outro grande incêncio. Uma loja de artigos para festas, com grande estoque de material inflamável, foi destruída no dia 6 de julho, data do aniversário de 120 anos do bairro.