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Para familiares, morte de estudante não foi um acidente

Clima de comoção marcou nesta quarta o enterro de Victor Hugo Costa, encontrado morto na raia olímpica da USP na terça-feira

Por Andressa Lelli, de Jandira
24 set 2014, 11h23

Um clima de comoção marcou nesta quarta-feira o enterro do estudante Victor Hugo Marques Santos, de 20 anos, cujo corpo foi encontrado na manhã de terça-feira na raia olímpica do câmpus da Universidade de São Paulo (USP), na Zona Oeste da capital paulista. O jovem foi descrito por amigos e familiares como um rapaz tranquilo, alegre e que não costumava brigar com ninguém. Primos de Victor Hugo dizem não acreditar que o jovem tenha caído sozinho na água. Um deles, Vinícius Costa, de 33 anos, afirmou: “Alguém jogou o Victor lá dentro (da raia)”.

Victor Hugo foi enterrado no Cemitério Alphacampus, em Jandira, região metropolitana de São Paulo. Inconsolável, a mãe do rapaz segurou o tempo todo objetos que o filho colecionava – e os colocou no caixão pouco antes do corpo ser enterrado. Abalados, os pais não quiseram falar com a imprensa. O estudante desapareceu no sábado, depois de participar de uma festa organizada pelo Grêmio Politécnico, no Velódromo da USP, que reuniu cerca de 5.000 pessoas. A festa em comemoração aos 111 anos da entidade era “open bar” – com bebida alcoólica gratuita no local – e tinha ingressos que custavam entre trinta e noventa reais.

Um dos amigos que acompanhava Victor Hugo, Artur Akira, de 20 anos, disse que o grupo estava aproveitando um dos shows da noite quando o rapaz saiu, afirmando que iria comprar mais cerveja. “Ele bebeu até menos do que os outros que estavam lá. Depois de se separar de nós, amigos o encontraram e disseram que ele queria ir para o carro”, conta.

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Com a voz embargada, o primo de Victor, André Costa Parreira, disse que o jovem vivia pedindo conselhos a ele – desde dicas sobre profissão até como conversar com uma garota que gostava – e o considerava como um irmão. Indignado, ele afirmou que acredita ser “improvável” que o Victor tenha entrado lá e se afogado sozinho. “Até porque havia seguranças e somente uma entrada e uma saída”, disse. Sobre as investigações, Parreira afirmou que as pessoas que fizeram isso com ele “merecem ser punidas”. Fez ainda um apelo para que as investigações sejam concluídas “para ficarmos em paz”. Vinícius Costa, que acredita que Victor Hugo tenha sido jogado na água, afirma que frequenta as festas da USP há mais de quinze anos e já viu casos parecidos ocorrerem.

O advogado da família, Marcelo Costa, disse que os pais do rapaz vão se manter reclusos e aguardar instruções da polícia. Segundo ele, o resultado da autópsia ainda não foi entregue à família e consta no atestado de óbito como “indeterminada” a causa da morte. Segundo o amigo de infância, Fernando Medim, de 20 anos, Victor era um jovem tranquilo que nunca arrumou brigas na escola. “Ele ia vivendo a vida… simplesmente.”

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