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Oposição quer ouvir executivo da OAS que prestou favores a Lula

Sócio da construtora está disposto a revelar três casos de favorecimento ao ex-presidente se fechar um acordo de delação premiada

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
27 abr 2015, 19h08

“Como alguém que se diz ligado aos trabalhadores quer toda essa mordomia paga por empreiteiras?” Rubens Bueno

Representantes da oposição querem que a CPI da Petrobras ouça Léo Pinheiro, executivo e sócio da construtora OAS que está preso e, como mostra reportagem de VEJA desta semana, dá sinais de que pode contar o que sabe sobre as relações da empresa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A reportagem mostrou que o executivo está disposto a revelar os detalhes de ao menos três casos que evidenciam a relação de cumplicidade entre o ex-presidente e os responsáveis pela empreiteira: a reforma de um sítio em Atibaia (SP), as obras do prédio onde fica o tríplex de Lula no Guarujá (SP) e a obtenção de um emprego para o marido de Rosemary Noronha, que desfrutava da intimidade do ex-presidente. Nos três casos, a OAS prestou favores a Lula.

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O requerimento de convocação do executivo já havia sido aprovado, mas a audiência não tem data para ocorrer. Diante das revelações trazidas por VEJA, parlamentares de oposição reforçam a necessidade de ouvi-lo. “Seguramente a CPI vai ser um palco importante para, quem sabe, o Léo Pinheiro trazer informações importantes para a sociedade”, diz o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), que condena a “troca de favores” entre Lula e os sócios da empreiteira.

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Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), o caso torna mais evidente a contradição entre a postura política de Lula e suas práticas. “Como alguém que se diz ligado aos trabalhadores quer toda essa mordomia paga por empreiteiras que são contratadas do poder público e está fazendo obras desse tipo?”, indaga o parlamentar.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) afirma que o presidente Lula vem perdendo a aura de imunidade. O parlamentar também ironiza o silêncio do petista desde que a reportagem foi publicada. “O rei está nu. Ele foi despido daquela condição e agora está acuado. Em outros momentos ele agia de outra forma”. O democrata, entretanto, acredita que Pinheiro pode optar por não fechar um acordo de delação premiada: “Esse é um jogo com pessoas que não têm limite, vide o caso Celso Daniel”, diz ele.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), acredita que uma delação premiada de Léo Pinheiro seria produtiva para detalhar esses casos. “Ninguém está imune a investigações. São fatos que têm de ser apurados. E as delações têm se mostrado muito eficazes para elucidar isso tudo”, diz.

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Já o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), afirma que, independentemente de um acordo de delação premiada os órgãos de investigação precisam agir. “Isso é uma coisa séria, que merece a devida investigação por parte da CPI e dos órgãos competentes, como a Polícia Federal, o Ministério Público. O Léo Pinheiro deve ter informações muito valiosas que devem ser reveladas”, defende.

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