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Oposição protocola pedido de investigação contra Vargas

Vice-presidente da Câmara pediu licença de 60 dias do cargo; PSDB, DEM e PPS ingressaram com uma representação no Conselho de Ética da Casa

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 abr 2014, 16h33

O afastamento por sessenta dias do vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), não foi suficiente para evitar que a oposição pedisse a investigação sobre o envolvimento dele com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal em uma operação de combate à lavagem de dinheiro. Três partidos – PSDB, DEM e PPS – ingressaram nesta segunda-feira com uma representação no Conselho de Ética, enquanto o PSOL fez novo pedido à Mesa Diretora para que a Corregedoria da Casa apure o caso. O pedido de licença não impede que o petista enfrente um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar.

A situação de Vargas se agravou após reportagem de VEJA desta semana revelar novos detalhes de sua estreita ligação com o doleiro. Youssef, a quem Vargas chamava de “irmão”, pagou um jato para o petista viajar nas férias. E os laços não param por aí: VEJA mostrou que o deputado petista e o doleiro trabalhavam para enriquecer juntos graças à influência de Vargas no governo federal. Em contrapartida, mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal mostram que o petista exercia seu poder para cobrar compromissos de Youssef.

“Verifica-se, pelo teor das conversas, que a relação mantida não é a da alegada amizade de 20 anos, mas sim envolvem negociatas e possíveis fraudes em processos administrativos, com a utilização da influência do deputado André Vargas”, alegou o PSOL no pedido de investigação.

“Pelo exposto, pode observar-se que a cada reportagem publicada novas luzes vão sendo lançadas sobre o caso e a relação entre o deputado e Alberto Youssef vai ganhando contornos cada vez menos republicanos”, diz a representação protocolada no Conselho de Ética. Os deputados ainda solicitam a oitiva de testemunhas e de pessoas citadas no caso, entre elas o próprio Youssef, e as provas coletadas pela Polícia Federal nas quais Vargas esteja envolvido.

As investigações da PF mostram que Vargas articulava para ajudar o doleiro a obter um contrato com o Ministério da Saúde. Em mensagens trocadas em setembro do ano passado e interceptadas pela PF, Youssef fez um apelo a Vargas: “Tô no limite. Preciso captar”. O vice-presidente da Câmara prontamente respondeu: “Vou atuar”. No mesmo dia, técnicos do Ministério da Saúde, então comandados por Alexandre Padilha, hoje candidato ao governo de São Paulo, foram destacados para certificar o laboratório farmacêutico Labogen Química Fina e Biotecnologia, de propriedade do doleiro. A ajuda foi materializada em um contrato inicial de 30 milhões de reais firmado com a pasta.

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