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Oposição pressiona por convocação de tesoureiro do PT à CPI da Petrobras

Em depoimento à Justiça Federal, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa diz que Vaccari operava propina para o partido. 'Agora sabemos onde está a quadrilha', diz Rubens Bueno (PPS-PR)

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2018, 09h51 - Publicado em 9 out 2014, 21h18

As revelações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre o papel do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no esquema de corrupção dentro da estatal fizeram ecoar entre os parlamentares de oposição a urgência de convocar o petista para prestar depoimento à CPI Mista da Petrobras, composta por deputados e senadores. O colegiado já acumula seis pedidos de audiência com Vaccari, apresentados desde o final de maio, mas a maioria governista impediu a aprovação dos requerimentos.

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Em depoimento à Justiça, Costa afirmou que PT, PMDB e o PP recebiam propina e deu o nome dos operadores dos partidos que recebiam e administravam o dinheiro desviado da estatal. Ele afirma que a propina do PT era administrada pelo tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, que tratava diretamente com o então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. O operador da propina que cabia ao PMDB era o lobista Fernando Soares, também conhecido como Fernando Baiano. “Dentro do PT a ligação que o diretor de serviços tinha era com o tesoureiro na época do PT, o senhor João Vaccari”, afirmou.

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“Agora, mais do que nunca, é urgente que o Vaccari seja ouvido. Nós vamos pressionar”, afirmou o líder do Solidariedade, deputado Fernando Francischini (PR). O parlamentar planeja reunir os integrantes da CPI na próxima terça-feira. “Defendo que não se vote mais nada e não se ouça mais ninguém enquanto não levarmos o tesoureiro do PT à comissão”, afirmou.

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Com o Congresso ainda paralisado por causa das campanhas eleitorais, o ritmo de reuniões da CPI foi diminuído. A próxima audiência está agendada somente para o dia 22 de outubro, mas os oposicionistas defendem a convocação de uma reunião de emergência. “Agora nós sabemos onde está a quadrilha e o que aconteceu. Mas precisamos descobrir o chefe dessa quadrilha. Essa operação-abafa, de blindagem na CPMI, não pode continuar, até porque não está adiantando e os que atuam nessa linha estão sendo desmoralizados com os vazamentos”, afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). Além da necessidade de convocar Vaccari, o parlamentar reforçou a importância de quebrar os sigilos fiscais e bancários das empreiteiras.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), apontou ainda para a necessidade de aprovar a convocação de Renato Duque, diretor de Serviços da Petrobras com quem Vaccari atuava diretamente, segundo Costa. “Nós também temos de priorizar o depoimento de Duque, já que ele foi indicado por José Dirceu. Sem dúvidas, o mensalão permaneceu ao longo de todo o governo da presidente Dilma Rousseff”, afirmou. “Pela dimensão do escândalo, é difícil encontrar um brasileiro que possa acreditar que a presidente Dilma não sabia de nada. Essa declaração dela só estimula a corrupção ao passar a sensação de que está protegendo criminosos e contribuindo para a impunidade”, continuou.

A seguir, assista ao depoimento de Costa:

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https://www.youtube.com/watch?v=mSQRdgPoQDI

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