Operação padrão da PF volta a tumultuar aeroportos
Agentes vão revistar todos os passageiros no Galeão e em Cumbica a partir das 16h30 desta quinta-feira
Os policiais federais de todo o país iniciaram nesta quinta-feira a Operação Blackout, que deve complicar a vida de quem depende dos serviços da PF nos aeroportos. A partir das 16h30 desta quinta começa uma operação padrão no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, assim como no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Em São Paulo é a segunda operação realizada desde o início de greve, no dia 7 de agosto. Durante a operação anterior, no dia 9 de agosto, as filas tomaram boa parte do saguão.
Segundo os policiais federais, a medida desencadeia uma série de operações padrão também em portos e fronteiras de todos os estados do Brasil. A decisão foi tomada durante assembleia realizada por videoconferência na tarde da última quarta-feira. Além de agentes federais, papiloscopistas e escrivães também aderem à greve nacional, deflagrada há nove dias. A categoria quer a reestruturação da carreira, além da contratação de novos servidores.
Porto Alegre – O Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, registrou filas e atrasos em função de uma operação padrão iniciada às 6h30. Durante a ação da Polícia Federal, são realizadas vistorias em todos os passageiros que embarcam tanto em voos nacionais como internacionais. O mesmo aconteceu no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba. Desde as 6h30, os agentes vistoriaram todos os passageiros até que o local registrou superlotação e a operação teve que ser finalizada. A Polícia Federal afirma que também houve operação nesta manhã no Aeroporto Eurico de Aguiar, no Espírito Santo. A Federação Nacional da Polícia Federal (Fenapef) afirma que, no Chuí, Rio Grande do Sul, foram vistoriados passageiros de ônibus que ingressaram ou saíram do país.
A Operação Blackout também prevê vistorias nas divisas entre os estados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) bloqueou o tráfego pela Rodovia Régis Bittencourt, na altura do km 56, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. Segundo a concessionária que administra a via, Autopista, houve 14 quilômetros de congestionamento nos dois sentidos. No início desta tarde, deve acontecer operação padrão na ponte Ayrton Senna, que divide Paraná e Mato Grosso do Sul.
Rio de Janeiro – No Rio de Janeiro, uma assembleia realizada na tarde desta quinta-feira decidiu ampliar a greve no estado, iniciada na semana passada, até a próxima quarta-feira (22 de agosto). Os policiais decidiram ainda manter um efetivo de 30% dos profissionais para receber as solicitações de emissão de passaportes.Todos os pedidos serão analisados individualmente, informam. “A paralisação completa criaria prejuízo para as pessoas, um desconforto para a população, e isso a gente não quer”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ), Telmo Correa.
(Com Agência Estado)
LEIA TAMBÉM:
A greve dos policiais federais
O governo acuado por seu braço sindical
Acuado pela greve, governo admite negociar
Impacto de greves nas eleições já preocupa o PT