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Onze fiscais da máfia do ICMS negociaram ao menos 143 imóveis

Pelo menos metade das negociações dos empreendimentos, que juntos valem cerca de R$ 60 milhões, foram feitas nos últimos quinze anos, segundo jornal

Por Da Redação
20 out 2015, 10h23

Onze fiscais suspeitos de integrar a máfia do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de São Paulo compraram ou venderam em seus nomes ao menos 143 imóveis, segundo o jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, avaliados em 62 milhões de reais, em valores atualizados. De acordo com o jornal, ao menos metade das negociações ocorreram nos últimos quinze anos. Os servidores são acusados de exigir pagamento de empresários para reduzir a cobrança do imposto e barrar multas por sonegação.

De acordo com o jornal, casarões em bairros nobres da cidade de São Paulo, apartamentos de frente para a praia em Niterói, no Rio de Janeiro, e fazendas na região Centro Oeste do país integram a lista de imóveis. O salário mensal dos fiscais gira em torno de 20.000 reais cada.

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Na semana passada, a Justiça de São Paulo decretou o sequestro dos bens de dois desses fiscais do ICMS. Segundo as investigações do Ministério Público do Estado, José Roberto Fernandes e Eduardo Takeo Komaki são donos de 39 imóveis, entre terrenos, escritórios comerciais e apartamentos de alto padrão. As investigações, feitas em conjunto com promotores do Grupo de Combate do Crime Organizado (Gaeco) de Sorocaba e do Patrimônio Público da capital paulista, apontam que Fernandes tem 27 imóveis, enquanto Komaki tem doze. Segundo os promotores, eles montaram empresas de administração de bens e colocaram alguns imóveis no nome delas para tentar burlar uma eventual fiscalização sobre o suposto enriquecimento ilícito. Segundo os promotores, os acusados adquiriram patrimônio totalmente incompatível com o salário de funcionário público, graças ao esquema.

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Os 105 imóveis restantes em nome dos fiscais foram levantados pela Folha, em cartórios de diferentes regiões do Brasil.

Ao todo, doze fiscais foram denunciados em agosto passado por exigir dinheiro e formação de quadrilha. Eles são acusados de cobrar 35 milhões de reais em propina de pelo menos duas empresas. Uma delas, a Prysmian Energia e Cabos e Sistemas do Brasil, admitiu ter pagado 16 milhões de reais às filiais de Sorocaba, Jacareí e Santo André entre 2006 e 2013. Os servidores atuavam nas regiões da Grande São Paulo, de Santos, de Sorocaba e do Vale do Paraíba e atualmente ou estão aposentados ou foram afastados de suas funções. Alguns chegaram a ser presos, mas foram liberados depois de pagar um fiança de 350.000 reais.

(Da redação)

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