“Obra tinha problema ou foi mal feita”, diz especialista sobre rompimento de barragem
Incidente ocorrido no interior de Minas provocou a morte de pelo menos duas pessoas; Corpo de Bombeiros recomeçou as buscas por mais vítimas nesta manhã
Por Da Redação
6 nov 2015, 07h46
As razões que levaram ao rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, que devastou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), nesta quinta-feira, ainda são desconhecidas, mas especialistas já apontam que problemas estruturais podem estar por trás da tragédia. “A barragem foi mal feita ou já estava com problema”, disse a professora de Engenharia de Minas Maria Luiza Souza, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG) ao jornal O Estado de S. Paulo. Ela afirmou que era preciso ter ocorrido “alguma besteira” na construção ou na manutenção da contenção para ela ruir.
A professora também explicou por que o rompimento gerou um “tsunami de lama” sobre o vilarejo. “Se a barragem ainda está com muita água, quando rompe ela desce como um rio de lama. Provoca assoreamento de rios, vem varrendo tudo pela frente Se a lama está saturada de água, fica sem resistência nenhuma. Por ser um solo muito fino, isso vira um caudal”, disse.
O rompimento ocorreu na tarde desta quinta-feira e envolveu uma barragem de rejeitos, que serve para armazenar resquícios que sobram de minérios extraídos. A Prefeitura de Mariana confirmou até o momento que duas pessoas morreram na tragédia. O Corpo de Bombeiros busca outras vítimas soterradas no local e ainda há muitos desaparecidos. O trabalho de resgate recomeçou às 8h da manhã desta sexta.
Lula nega crise com Congresso e descarta reforma ministerial
O presidente disse nesta terça-feira, em café com jornalistas no Palácio do Planalto, que não tem, atualmente, “nenhuma previsão” de promover uma mudança na sua equipe. A declaração acontece em meio a um impasse na articulação política envolvendo governo federal e Congresso. Saiba mais no Giro VEJA desta terça-feira.
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